Dois fósseis foram descobertos pela primeira vez pelo colecionador Roger Byrne e depois foram doados, com o resto da coleção de fósseis do colecionador, ao Museu de Ulster, Reino Unido.
Nova análise realizada por especialistas da Universidade de Portsmouth e da Universidade da Rainha de Belfast, ambas no Reino Unido, confirmou que os fósseis são de rochas do período Jurássico, escavadas na costa leste do condado de Antrim, Irlanda do Norte, Reino Unido, de acordo com estudo publicado na revista científica Proceedings of the Geologits' Associoation, citado pelo tabloide Express.
"É uma descoberta muito significativa", garante Mike Simms, curador e paleontólogo que liderou o estudo.
"É grande a raridade de encontrar tais fósseis aqui porque a maioria das rochas da Irlanda do Norte tem idade errada para os dinossauros, seja muito velha, seja demasiado nova, tornando quase impossível confirmar que os dinossauros existiram nessas costas", explica Simms.
Dois fósseis de dinossauros, encontrados pelo Roger Byrne, provavelmente foram arrastados para o mar, vivos ou mortos, afundando para o fundo do mar Jurássico, onde foram enterrados e fossilizados, segundo Simms.
O estudo faz parte de um grande projeto para documentar as rochas do período Jurássico na Irlanda do Norte.
Inicialmente, os pesquisadores sugeriram que os fósseis pertenciam a um único animal, mas o estudo revelou que pertenciam a duas espécies totalmente diferentes.
Um fóssil é um fragmento de um fêmur (osso da parte superior da perna) de um Celidossauro, dinossauro herbívoro de quatro patas. Outro fóssil é tíbia (osso da parte inferior da perna) de um Sarcosaurus, dinossauro carnívoro de duas pernas, do gênero terópodo.
"Embora sejam fragmentos, estes fósseis apresentam informações valiosas sobre um período muito importante da evolução dos dinossauros, há cerca de 200 milhões de anos", comentou pesquisador Robert Smyth da Universidade de Portsmouth. "É nessa época que os dinossauros começaram a dominar os ecossistemas terrestres do mundo", complementa.