Na segunda-feira (23), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que "não existe" possibilidade do benefício continuar sendo pago no ano que vem. A última parcela do auxílio, que foi diminuído para R$ 300, será distribuída em dezembro.
Após redirecionar a indagação ao coronavírus, Bolsonaro disse que "tem que esperar certas coisas acontecerem", mas ele espera não ser preciso pagar novas parcelas do benefício.
"A gente espera que não seja necessário porque é sinal de que a economia vai pegar, e não teremos novos confinamentos no Brasil. É o que eu espero", afirmou o presidente, segundo o jornal O Globo.
Presidente critica confinamento
Além disso, Bolsonaro mais uma vez criticou as medidas de isolamento social para conter a disseminação da COVID-19, recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele disse que nunca apoiou "essa ideia do confinamento", e sim um "isolamento vertical", que abrangeria apenas grupos de risco para a doença.
"Mas infelizmente a decisão coube aos governadores e prefeitos. Se não fosse toda aquela quantidade de auxílios que nós fizemos no passado, entre eles o emergencial, realmente a economia teria quebrado no Brasil. Então a gente espera que não seja necessário e que o vírus esteja realmente de partida do Brasil", argumentou o presidente.
Teto de gastos
A prorrogação do auxílio emergencial obrigaria o governo a romper o teto de gastos em 2021. Adotada durante o governo Temer, os críticos da lei dizem que ela restringe os gastos sociais e em áreas importantes, como saúde e educação. Seus defensores, contudo, argumentam que o teto é importante para o governo promover o ajuste fiscal.
O auxílio foi criado originalmente para durar três meses (abril, maio e junho). Depois, o governo prorrogou por duas parcelas (julho e agosto), ainda no valor de R$ 600. Em seguida, o governo estendeu o benefício até dezembro, no valor de R$ 300.