Desde janeiro de 2020, o preço do bitcoin subiu 160%, impulsionado pela forte demanda institucional, além de uma oferta restrita. Os investidores agora estão apostando que o valor dessa moeda virtual poderia aumentar cinco vezes e chegar perto dos US$ 100 mil (R$ 537 mil) por unidade em um ano, relata a agência Reuters.
Passar de US$ 18 mil (R$ 96 mil) para US$ 100 mil (R$ 537 mil) em um ano não é um exagero, mas um resultado mais do que viável, alerta Brian Estes, executivo dos fundos de investimento Off the Chain Capital, citado pela mídia.
"Eu vi o bitcoin se multiplicando por dez, 20 e 30 em um ano. Portanto, subir cinco vezes seu valor não é grande coisa", comentou o executivo.
O especialista prevê que o preço da criptomoeda poderá ficar entre US$ 100 mil (cerca de R$ 537 mil) e US$ 288 mil (cerca de R$ 1,5 milhão) até o final de 2021, segundo um modelo que mede a relação entre reservas e fluxos de capital e que leva em conta a escassez de matérias-primas como ouro.
Esta previsão atrai a atenção de analistas céticos, que acreditam que a criptomoeda volátil é um ativo especulativo, ao invés de um valor, como o ouro.
Juan Pérez, corretor da empresa Tempus, afirma que todos os presságios positivos sobre o bitcoin representam uma espécie de aposta no colapso do sistema financeiro global.
"Os governos de todo o mundo não permitirão que isso aconteça. Eles não permitirão que as moedas fiduciárias entrem em colapso assim", explica Pérez.
O corretor independente Kevin Muir enfatiza que qualquer modelo matemático desenvolvido por um fundo de investimentos "é lixo", uma vez que ninguém pode modelar um hobby, de acordo com o especialista. "É plausível? Claro. É uma mania. Mas alguém realmente tem ideia? Não é possível", enfatizou.
O bitcoin surgiu em 2011 e, após muitos altos e baixos, está se aproximando de seu ponto mais alto. Muito devido ao serviço de pagamentos on-line PayPal, que anunciou em outubro que vai lançar um sistema que permite efetuar compras e vendas em moedas digitais.