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Metade dos profissionais especializados da cultura perdeu o emprego no último ano no Brasil

© Tomaz Silva/Agência BrasilExposição de Salvador Dalí no CCBB do Rio de Janeiro
Exposição de Salvador Dalí no CCBB do Rio de Janeiro  - Sputnik Brasil
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Só o mercado editorial perdeu 76,85% postos de trabalho de junho de 2019 a junho de 2020, diz estudo divulgado nesta quinta-feira (26) pelo Itaú Cultural.

Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (26) pelo Itaú Cultural revela que metade dos postos de trabalho ocupados por profissionais especializados da cultura no Brasil deixou de existir entre junho de 2019 e junho de 2020. A redução de postos de trabalho foi de 49%: de 659,9 mil para 333,7 mil.

Como um todo, considerando trabalhadores especializados, de apoio e incorporados, a economia criativa perdeu quase 10% dos postos de trabalho neste período. Foram 691,9 mil pessoas prejudicadas.

Este número supera a estimativa que a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape) apontou em maio deste ano, de que o número de demissões no setor cultural seria de 580 mil.

© DivulgaçãoBallet 'O Lago dos Cisnes' no Theatro Municipal do Rio
Metade dos profissionais especializados da cultura perdeu o emprego no último ano no Brasil - Sputnik Brasil
Ballet 'O Lago dos Cisnes' no Theatro Municipal do Rio

O estudo divulgou também resultados separados por área dentro do setor cultural, segundo noticia O Globo. O mercado editorial foi o mais atingido, e perdeu 76,85% postos de trabalho no período analisado pela pesquisa.

As atividades artesanais também despencaram, com queda de 49,66% dos postos de trabalho. As artes cênicas e artes visuais reduziram 43%, enquanto cinema, música, fotografia, rádio e TV perderam 38,71% dos postos de trabalho.

"No pós-pandemia, vamos precisar trazer a sociedade mais para perto da economia criativa. Ela precisa ganhar consciência de que, quando a gente pensa em economia criativa, arte e cultura, pensa em humanização, em acolhimento, que, claro, são muito necessários, mas estamos falando também de gerar emprego e renda, de desenvolver o país e de ajudar em um desenvolvimento inclusive muito sustentável", disse Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural, segundo O Globo.

O estudo, realizado pelo Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural, usa como base os dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Esta crise no setor cultural reforça os números do desemprego divulgados em agosto, que indicavam que cerca de três milhões de pessoas haviam perdido o emprego durante os quatro primeiros meses de pandemia de COVID-19 no Brasil.

Os números da pandemia seguem em crescimento no país. Segundo o último boletim, divulgado nesta quarta-feira (25), a média móvel de mortes no Brasil nos últimos sete dias foi de 472. A variação é 29% maior em comparação à média de 14 dias atrás.

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