Elo perdido: primata considerado ancestral do homem pode afinal não ser da nossa família, diz estudo

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Crânio (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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O fóssil foi encontrado em 2001 e declarado como sendo um ancestral direto dos humanos, mas agora pesquisadores teorizam sobre como isso pode não ser o caso.

O fóssil de um primata com idade estimada de sete milhões de anos, encontrado no Chade, África, em 2001, pode não ser do Sahelanthropus tchadensis, o hominídeo ancestral mais antigo conhecido da humanidade, aponta um estudo publicado na revista Journal of Human Evolution.

Os autores do achado original, chamado Houmai, publicaram um estudo em 2002 em que anunciaram que o hominídeo andava regularmente de pé e tinha uma combinação de características semelhantes às de um símio e de um ser humano. As conclusões do estudo foram apoiadas por uma reconstrução de 2005.

No entanto, outros pesquisadores argumentaram que tal não era suficiente para considerar a espécie um ancestral dos humanos, em vez de alguém parcialmente relacionado aos humanos.

Um osso fêmur foi encontrado mais ou menos no mesmo local do achado original pela pesquisadora Aude Bergeret-Medina, que teve brevemente acesso a ele em 2004, e mais tarde o analisou com base em medições e fotos junto com o paleoantropólogo Roberto Macchiarelli, da Universidade de Poitiers, França. Essa equipe publicou agora suas conclusões.

"Com base em nossas análises, falta ao fêmur parcial qualquer característica consistente com frequentes viagens bípedes terrestres", afirma o estudo, acrescentando que o Sahelanthropus tchadensis pode se ter extinguido, e que os pequenos dentes podem indicar ser simplesmente uma primata fêmea.

Madelaine Bohme, paleontóloga da Universidade de Tubingen, Alemanha, que não estava envolvida em nenhum dos estudos, em declarações à revista New Scientist, diz que concorda com essa avaliação.

Um dos autores dos estudos originais do hominídeo contesta essa hipótese em uma pesquisa ainda não revista por pares, enquanto Martin Pickford, do Museu Nacional de História Natural da França, se pergunta se o fêmur pertence mesmo a Toumai, ou pelo menos a outro Sahelanthropus tchadensis.

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