Apesar da queda, o índice demonstra estabilidade e leve alta do ritmo de disseminação do coronavírus. Para que a curva da enfermidade baixe, é preciso de taxas de transmissão menores do que um.
O índice de 1,02 significa que cada 100 pessoas contaminadas transmitem a doença para outras 102. A taxa anterior, de 1,30, foi a maior desde maio.
Para entender a curva da doença a longo prazo, no entanto, é preciso acompanhar a taxa por um período maior de tempo, pois, muitas vezes, os dados do governo apresentam atrasos e há o período de incubação do vírus.
Sérvia tem mais taxa
Segundo o relatório da instituição britânica, o país com a maior taxa de transmissão do mundo é a Sérvia (1,58), seguido pela Dinamarca (1,49), Japão (1,40), Alemanha (1,38) e Turquia, Palestina e Noruega (1,37). Os Estados Unidos não estão incluídos no levantamento.
Na América do Sul, o Brasil é o quarto país com a maior taxa de transmissão. O ranking regional é liderado pelo Paraguai (1,12), Chile (1,11) e Venezuela (1,08).
OMS: dados do Brasil 'preocupam'
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registra 173.120 mortes pela COVID-19 e 6.335.878 casos. No mundo, de acordo com levantamento da Universidade Johns Hopkins, foram contabilizados mais de 63,5 milhões de casos e quase 1,5 milhão de mortes.
Na segunda-feira (30), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que "o Brasil precisa levar muito, muito a sério" o aumento no número de casos de COVID-19.
Diante da alta, especialistas afirmam que o Brasil vive segunda onda da pandemia e é preciso retomar medidas de isolamento social.