"O Departamento de Estado encerrou cinco programas, disfarçados de 'intercâmbios culturais', com a República Popular da China", anunciou Pompeo em um comunicado.
Esses programas "são totalmente financiados e operados pelo governo da República Popular da China como ferramentas de propaganda de poder suave", explicou o chefe da diplomacia americana, citado pela agência Newsweek.
Pompeo está convencido de que a China concede acesso a estes programas a "funcionários do Partido Comunista da China cuidadosamente selecionados, [e] não ao povo chinês, que não goza das liberdades de expressão e reunião", escreve a mídia.
O secretário de Estado, porém, garante que os EUA "acolhem com agrado o intercâmbio recíproco e justo de programas culturais com as autoridades da República Popular da China e o povo chinês, mas programas unilaterais como esses não são mutuamente benéficos", de acordo com a agência.
Os programas que foram cancelados são o Programa de Viagem Educacional à China para Responsáveis Políticos, o Programa de Amizade EUA–China, o Programa de Intercâmbio de Liderança, o Programa de Intercâmbio Transpacífico e o Programa Educacional e Cultural de Hong Kong.
Programas como esses são conduzidos sob a Lei de Intercâmbio Educacional e Cultural Mútuo, permitindo aos funcionários dos EUA realizarem viagens financiadas com fundos de governos estrangeiros.
Conforme o artigo, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, reagiu a tal acontecimento e afirmou durante um briefing na quinta-feira (3) que "é óbvio para todos que isto é uma escalada de supressão política por algumas forças anti-China extremas nos EUA, fruto de um forte preconceito ideológico e mentalidade profundamente enraizada de Guerra Fria contra a China".