Segundo o autor de um artigo no Defence News, Yair Ramati, antigo diretor de Desenvolvimento, Produção e Fornecimento de Sistemas Antimísseis do Ministério da Defesa de Israel, apesar de os EUA continuarem sendo o maior fornecedor de armamento na região, alguns países europeus, a Rússia e a China estão se tornando fornecedores importantes para os países no Oriente Médio.
O especialista revela a posição de Jerusalém em relação a possíveis entregas do caça de quinta geração norte-americano F-35 Lightning II aos Emirados Árabes Unidos.
O especialista israelense considera que o possível bloqueio dos fornecimentos de aviões americanos F-35 por Israel poderia obrigar os Emirados Árabes Unidos a comprar caças russos Su-57 ao invés do avião norte-americano, pondo em questão os interesses mútuos dos EUA e Israel.
Ramadi afirmou que uma das ameaças à superioridade militar qualitativa de Israel é o "grande volume de contratos militares assinados no Oriente Médio desde o início do século XXI, no valor total de centenas de bilhões de dólares".
Em outubro, o Breaking Defence informou que os EUA compensarão Israel pela venda dos F-35 Lightning II para os Emirados Árabes Unidos, permitindo a Tel Aviv o acesso direto a satélites secretos do sistema de alerta antecipado de lançamento de mísseis balísticos (SBIRS, na sigla em inglês).
Além do mais, o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, assegurou que a superioridade militar de Israel no Oriente Médio, regulada pelo mecanismo Qualitative Military Edge (QME), se manterá mesmo após a possível venda de caças F-35 para os Emirados Árabes Unidos.