O pleito de hoje (6) elegerá 277 deputados, 110 a mais que em 2015, e mais de 20 milhões de cidadãos venezuelanos estavam aptos a votar.
"Queremos uma mudança, queremos que os jovens tenham trabalho, que não haja tanta pobreza na Venezuela, que haja comida, que os preços caiam, que a comida não seja tão cara e que a nova Assembleia Nacional trabalhe por isso", disse à Sputnik María Muñoz, de 28 anos, após votar.
Agradecemos a la FANB y al CNE por la extraordinaria logística desplegada para garantizar el voto con la mejor tecnología y por las medidas de bioseguridad, distanciamiento físico, lavado de manos indispensables para cuidar la salud de los electores. ¡Votar es Rápido y Seguro! pic.twitter.com/DWX0S3zmdZ
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) December 6, 2020
Agradecemos à FANB [Força Armada Nacional Bolivariana] e ao CNE [Conselho Nacional Eleitoral] pela extraordinária logística empregada para garantir o voto, com a melhor tecnologia, e pelas medidas de biosegurança, distanciamento físico e higiene das mãos, indispensáveis para cuidar da saúde dos eleitores. Votar é rápido e seguro!
Para Armando Díaz, de 46 anos, as principais motivações para votar são a democracia e sua militância dentro do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
"Estou motivado pela minha condição e convicção revolucionária, em segundo lugar, porque é meu direito [...] espero a reorganização política, para que haja uma reorganização econômica", acrescentou.
Díaz também destacou a necessidade de os deputados - que tomarão posse no próximo dia 5 de janeiro - criarem uma comissão para investigar os responsáveis pela promoção de sanções contra a Venezuela.
Em relação ao processo de votação, o eleitor e militante do PSUV destacou que foi "extremamente rápido" e que contou com inúmeros protocolos de segurança contra a pandemia de COVID-19.
Outra eleitora, Petra Reyes, de 65 anos, também destacou a importância dos 277 deputados que levarão o Parlamento a trabalhar muito pela recuperação do poder de compra da população.
"Vim votar porque é dever de todos os venezuelanos votar. Não sabemos como [os novos legisladores] vão se comportar, mas espero que melhorem o país, que recuperem o poder de compra da população", disse.
Por sua vez, Arinda Samiento, de 60 anos, também opinou que promover o fim do bloqueio deve ser um dos principais objetivos da nova Assembleia Nacional.
"Primeiro, fui votar por minha família, realmente esperamos que eles retirem os bloqueios e tudo o que resta, já basta de maldades com Maduro, pois quem está pagando o pato somos nós, os pobres", opinou.
O governo da Venezuela acusa a oposição que liderou o Parlamento no período entre 2016 e 2020 de promover sanções contra o país, o que causou, entre outras coisas, uma grave escassez de gasolina.
A previsão é de que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ofereça o primeiro balanço do dia de votação nas próximas horas.
Por sua vez, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, garantiu hoje (6) que as eleições transcorreram sem incidências negativas.
"Não há muito o que dizer, porque o processo transcorreu normalmente desde o seu início. Quando começamos a revisar os centros eleitorais, não foi apresentada nenhuma incidência de caráter negativo que perturbasse o processo", disse Padrino aos jornalistas.
O ministro também assinalou que já começou a transmissão de dados para a apuração dos resultados e acrescentou que os eleitores respeitaram as medidas de segurança sanitária estabelecidas para evitar a propagação da COVID-19.