As tropas dos EUA ao partir do Oriente Médio podem permitir que o Irã realize ataques militares na região, disse na segunda-feira (7) à agência Associated Press um oficial familiarizado com a região.
Com esse cenário, os militares norte-americanos decidiram que o porta-aviões USS Nimitz deve permanecer no golfo Pérsico "por mais algum tempo", segundo o militar. Além disso, poderá ser destacado outro esquadrão de caças para a região, se necessário.
Em meados de novembro, o secretário de Defesa interino Christopher Miller anunciou que até 15 de janeiro de 2021 a presença militar dos EUA no Iraque e no Afeganistão será reduzida para 2.500 efetivos em cada país. Pouco tempo depois, Robert O'Brien, conselheiro de Segurança Nacional, expressou a esperança de que todos os soldados norte-americanos retornariam aos Estados Unidos sãos e salvos até maio de 2021.
Um relatório do portal Axios afirmou em 25 de novembro que as Forças de Defesa israelenses foram colocadas em alerta por receio de possíveis ataques de retaliação contra Israel, seja pelo Irã, seja através de "seus satélites na Síria, Gaza e Líbano".
As especulações sobre possíveis ataques militares se intensificaram após o assassinato do físico nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh, com as autoridades iranianas colocando a responsabilidade na inteligência israelense, ameaçando retaliar.
Trazer os soldados norte-americanos de volta para casa e pôr um fim às "guerras sem fim" ao redor do mundo foi uma das principais promessas de Donald Trump, presidente dos EUA, feitas durante sua campanha eleitoral de 2016, e que ele tem realizado gradualmente durante seu mandato na Casa Branca.
Em 2018, o presidente do país anunciou uma retirada completa das tropas da Síria, que, no entanto, se arrastou antes de Washington dizer que manteria parte de seu contingente no país a fim de "proteger os campos de petróleo".
Até agora, há cerca de 3.000 soldados americanas no Iraque e cerca de 4.500 militares no Afeganistão. De acordo com um relatório do Departamento de Defesa, as guerras no Afeganistão, Iraque e Síria custaram aos contribuintes americanos mais de US$ 1,57 trilhão (R$ 8 trilhões) desde os ataques de 11 de setembro de 2001.