Uma série de explosões perto de Mitholz, nas profundezas dos Alpes suíços, ao sul de Berna, na Suíça, começou em 10 de dezembro de 1947 no depósito de armas militares adjacente. O vilarejo ficou destruído e nove pessoas morreram.
Mitholz foi restaurada, embora 3.500 toneladas de bombas aéreas, minas e granadas de mão permaneçam em um esconderijo militar na encosta da montanha.
Os especialistas declararam que por seu envelhecimento, a munição é instável, e pode causar outra potencial tragédia.
A retirada de armas, que custou até 900 milhões de francos suíços (R$ 5,166 bilhões), não começará antes de 2030. No entanto, na segunda-feira (7), o governo suíço apresentou planos para avaliar os valores das propriedades de Mitholz no próximo ano para compensar cerca de 170 pessoas que serão obrigadas a se mudarem do vilarejo, segundo agência Reuters.
"Residentes devem sair durante a remoção e dependendo de como as coisas vão correr, por mais de dez anos", declarou o governo. "O Departamento de Defesa da Suíça apoiará as pessoas afetadas, em particular, nas preparações para sua partida."
Nem todos os residentes de Mitholz querem sair do vilarejo, afirmou à Reuters o representante do governo oficial local, Matthias Schmid.
Algumas pessoas têm medo de que nunca voltarão. A incerteza prolongada para saber o local de destino para os moradores da cidade faz o processo ser ainda mais difícil.
"O objetivo é, com certeza, reassentar a área assim que o lixão for removido", comentou Schmid.
Schmid espera que os mais relutantes sejam convencidos de que a partida é inevitável para mantê-los seguros.