Em nota, o Copom afirma que o ressurgimento de uma segunda onda da COVID-19 em alguns países vai prejudicar a recuperação econômica no curto prazo, mas o otimismo em relação ao surgimento de uma vacina contra o novo coronavírus melhoram a confiança em uma retomada.
"No cenário externo, a ressurgência da pandemia em algumas das principais economias tem revertido os ganhos na mobilidade e deverá afetar a atividade econômica no curto prazo. No entanto, os resultados promissores nos testes das vacinas contra a COVID-19 tendem a trazer melhora da confiança e normalização da atividade no médio prazo", escreveu o BC.
Já sobre a economia brasileira, o Banco Central disse que "a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual".
"Em relação à atividade econômica brasileira, indicadores recentes sugerem a continuidade da recuperação desigual entre setores, em linha com o esperado. Contudo, prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais", disse o Copom.
As estimativas do Copom sobre a inflação brasileira são de 4,2% para 2020, 3,3% para 2021 e 3,5% para 2022.
"Esse cenário supõe trajetória de juros que encerra 2020 em 2% ao ano e se eleva até 3% em 2021 e 4,5% ao ano em 2022", projetou.
A Selic foi fixada em 2% ao ano na reunião de agosto, assumindo o menor patamar da série histórica. Em 28 de outubro o Copom já havia decidido pela manutenção dos dois pontos percentuais.