Irã prende suspeitos do assassinato de Fakhrizadeh: 'Não escaparão da Justiça'

© REUTERS / Agência de notícias WANAManifestante com cartaz do assassinato do cientista nuclear Mohsen Fakhrizadeh
Manifestante com cartaz do assassinato do cientista nuclear Mohsen Fakhrizadeh - Sputnik Brasil
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Mohsen Fakhrizadeh, considerado o pai do programa nuclear do Irã, foi assassinado em 27 de novembro, com alguns, incluindo Teerã, acusando a inteligência israelense de orquestrar o ataque.

Alguns dos envolvidos no assassinato no mês passado de Mohsen Fakhrizadeh, o mais importante cientista nuclear do Irã, foram presos, declarou na terça-feira (8) um conselheiro do parlamento iraniano, de acordo com a agência semiestatal de notícias ISNA.

"Os perpetradores deste assassinato, alguns dos quais foram identificados e até presos pelos serviços de segurança, não escaparão da Justiça", afirmou Hossein Amir-Abdollahian ao canal Al-Alam, citado pela ISNA.

"Onde os sionistas [Israel] foram capazes de fazer isto sozinhos e sem a cooperação, por exemplo, do serviço [de inteligência] americano ou de outro serviço? Eles certamente não poderiam fazer isso."

Envolvimento de Israel?

Uma bandeira israelense com a frase "Obrigado, Mossad" foi vista em Teerã na segunda-feira (7), informou o canal Vahid no aplicativo de mensagens Telegram. As imagens publicadas no Twitter mostram a bandeira pendurada em um cartaz em uma ponte na capital iraniana. Ainda não foi revelado quem poderia ter hasteado a bandeira.

As autoridades iranianas têm culpado a inteligência israelense, bem como um grupo político exilado, o Mujahideen (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países), pela morte do cientista nuclear Mohsen Fakhrizadeh, considerado o pai do programa nuclear do Irã.

Tel Aviv não comentou oficialmente as acusações, enquanto Teerã tem suspeitado há muito que o Mossad, serviço de inteligência israelense, estivesse por trás de uma série de assassinatos de cientistas iranianos.

Várias autoridades nos EUA, bem como o jornal The Times of Israel, pareceram confirmar a hipótese do Irã. Um funcionário israelense anônimo disse mais tarde ao The New York Times que o mundo deveria "agradecer" a Tel Aviv pelo assassinato de Fakhrizadeh, acrescentando que Israel continuaria agindo a fim de restringir o programa nuclear iraniano.

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