Cientistas registram explosões letais na estrela mais próxima da Terra

CC BY 2.0 / Kevin Gill / Proxima Centauri bExoplaneta Proxima b (imagem ilustrativa)
Exoplaneta Proxima b (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil
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Astrônomos australianos revelam que explosões periódicas na estrela mais perto de nós, a Proxima Centauri, tiram quase todas as chances de seus planetas serem habitáveis.

A anã vermelha Proxima Centauri, localizada a 4,2 anos-luz de nós, tem dois planetas orbitando. Um deles é Proxima Centauri b, que está na zona habitável, ou seja, a uma distância adequada da estrela para que exista água em estado líquido, condição importante para surgimento de vida.

No entanto, o planeta Proxima Centauri b está perto demais da estrela, mais próximo do que Mercúrio do Sol.

"Isso torna seus planetas mais vulneráveis à radiação ionizante perigosa, capaz de destruir tudo com vida", segundo o autor de artigo Andrew Zic, citado no comunicado de imprensa da Universidade de Sydney.

Em 2017, os cientistas registraram pela primeira vez uma explosão forte na Proxima Centauri. A explosão foi mais forte do que as do Sol.

Era incerto se as explosões deste tipo estariam ligadas às ejeções de massa coronal, quando uma grande quantidade de plasma ionizante e radiação eletromagnética é emitida ao espaço, o que é mais perigoso do que a mesma explosão.

Na pesquisa, os astrônomos australianos usaram os dados ópticos do observatório Zadko, na Austrália Ocidental, e do telescópio espacial TESS da NASA, o telescópio ANU de 2,3 metros do Observatório de Siding Spring para observações espectroscópicas e também o complexo de radiotelescópios ASKAP da Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Comunidade das Nações, a agência científica nacional da Austrália.

© Foto / NASA/JHUAPLA alteração vista em Proxima Centauri (à esquerda) e Wolf 359 (à direita)
Cientistas registram explosões letais na estrela mais próxima da Terra - Sputnik Brasil
A alteração vista em Proxima Centauri (à esquerda) e Wolf 359 (à direita)

Cientistas conseguiram capturar uma explosão e uma série de rajadas de rádio, de acordo com estudo publicado na revista científica The Astrophysical Journal.

"A possibilidade de que a explosão observada na Proxima Centauri e um sinal de rádio obtido vindo dela não estejam ligados é uma em 128 mil chances", de acordo com cientistas.

"Nosso Sol regulamente emite nuvens quentes de partículas ionizantes durante o que chamamos de ejeção de massa coronal", explicou Zic. "Mas considerando que o Sol é mais quente do que a Proxima Centauri e outras anãs vermelhas, nossa zona habitável está longe da superfície do Sol, ou seja, a Terra está muito longe desses eventos. Além disso, a Terra tem forte campo magnético planetário que nos protege dessas explosões intensivas do plasma solar."

Os cálculos mostraram que quaisquer planetas perto da Proxima Centauri e outras anãs vermelhas acabam sendo afetados por radiação ultravioleta e raios X.

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