Álvaro Antônio foi exonerado do cargo após ter criticado o chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, em um grupo de WhatsApp que reúne ministros do governo, segundo informações da revista Veja. Ele teria chamado o responsável pela articulação política do Planalto de "traíra".
Investigado pela Polícia Federal por suspeita de comandar esquema de candidaturas laranjas do PSL, Álvaro Antônio, até o episódio envolvendo Ramos, contava com simpatia de Bolsonaro, tanto que as acusações de corrupção não levaram a sua queda.
'Amigo e irmão'
Em uma série de mensagens no Twitter publicada nesta quinta-feira (10), Marcelo Álvaro Antônio agradeceu ao presidente "pela oportunidade de integrar o melhor governo da história do Brasil".
Além disso, ele destacou pontos que considerava positivos de sua gestão à frente do ministério, como a isenção de vistos para quatro países (medida que não foi recíproca), e a instalação do escritório da Organização Mundial do Turismo no Brasil.
Álvaro Antônio não mencionou os motivos de sua demissão, agradeceu ao "amigo e irmão" Bolsonaro e disse que seguirá "trabalhando com ética, respeito e lealdade ao presidente e ao meu amado Brasil".
Encerro hoje a minha passagem pelo @MTurismo e a única coisa que posso dizer é MUITO OBRIGADO. Agradecer primeiramente a Deus; ao meu amigo e irmão, presidente @jairbolsonaro, pela oportunidade de integrar o melhor governo da história do #Brasil, servidores, Ministros... pic.twitter.com/1JkdVtXhqU
— Marcelo Álvaro Antônio (@Marceloalvaroan) December 10, 2020
Nesta quinta-feira (10), Bolsonaro oficializou o nome do até então presidente da Embratur, Gilson Machado, no cargo de ministro do Turismo.
Marcelo Álvaro Antônio, deputado eleito por Minas Gerais, deverá reassumir o seu mandato.
Segundo matéria do portal G1, ele admitiu a um grupo de colegas da pasta que teria se excedido nas acusações contra Ramos e por isso foi demitido.