Kim Yo-jong criticou as "observações imprudentes" feitas por Kang Kyung-wha sobre a forma como Pyongyang vem enfrentando o coronavírus.
A irmã do líder norte-coreano comentou as afirmações da ministra proferidas em um fórum de segurança em Bahrein, na semana passada, no qual Kyung-wha questionou as alegações da Coreia do Norte de que não houve nenhum caso da COVID-19 no país.
"Eles dizem que não têm casos, o que é difícil de acreditar", disse a ministra durante um painel de discussão no IISS Manama Dialogue 2020. "Todos os sinais [mostram] que o regime está intensamente concentrado em controlar a doença que eles dizem não existir. Portanto, isso é uma situação um pouco estranha."
A ministra acrescentou que a Coreia do Norte não deu resposta à oferta de Seul para ajudar no combate à COVID-19, e que a pandemia fez com que Pyongyang se tornasse "mais fechado".
Por sua vez, Kim Yo-jong, afirmou que as declarações da ministra afetariam ainda mais as frias relações entre os dois países.
"Pode ser visto a partir das observações imprudentes feitas por ela sem qualquer consideração das consequências, ela está muito ansiosa para resfriar ainda mais as relações congeladas entre a Coreia do Norte e a do Sul", disse Kim Yo-jong, em um comunicado emitido na quarta-feira (9), pela agência oficial de notícias do país KCNA, aponta portal UPI.
"Nós nunca esqueceremos suas palavras, ela pode ter que pagar caro por isso", acrescentou.
Anteriormente, a agência de inteligência da Coreia do Sul afirmou que Kim Yo-jong, irmã do líder Kim Jong-un, possa estar atuando como sua "segunda em comando de fato".