Esta semana, Christensen lançou uma petição apelando ao presidente americano para perdoar o jornalista australiano, que enfrenta uma pena de cerca de 175 anos por publicar informação classificada.
O deputado do Partido Liberal Nacional australiano falou ao canal Sky News Australia sobre o caso. Ele disse que Assange "tem sido um alvo dos democratas", apontando que sua perseguição começou aquando da presidência de Barack Obama.
"Hillary Clinton odeia sua coragem, obviamente por ter exposto quem era a verdadeira Hillary, e você teve uma guerra dos democratas e do Estado Profundo (deep state) contra Assange", afirmou ele, apontando que o projetado presidente eleito Joe Biden chamou Assange de criminoso e de "terrorista de alta tecnologia".
Christensen argumentou que a concessão de perdão ao jornalista seria "um jeito de o presidente Donald Trump defender a liberdade de expressão" e contra o establishment democrata, e também lhe permitiria "dar uma alfinetada no Estado Profundo".
O Estado Profundo é um termo usado para descrever uma situação política em que um órgão interno de um determinado país, ou um grupo de pessoas pouco definido, passa a não mais responder à liderança oficial.
No centro do "grande documento da democracia que é a Constituição dos Estados Unidos" está a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa, disse o deputado, antes de concluir: "Portanto, espero que ele perdoe Julian Assange. É a coisa certa a fazer".
Igualmente no sábado (12), Stella Morris, esposa de Assange e mãe de seus filhos, pediu ao governo australiano, em entrevista à Sky News Australia, para "pegar o telefone e falar com os seus aliados mais próximos", de modo a que seu marido possa ser libertado.
Por agora, Assange se encontra preso no Reino Unido, na prisão de Belmarsh – onde estão os terroristas mais temidos do país – esperando pelo veredito sobre sua extradição para os EUA.