Médica colombiana diz que teve de reaprender a falar e escrever após COVID-19

© AFP 2023 / Silvio AvilaTratamento de pacientes com COVID-19 na UTI no hospital da Santa Casa de Misericórdia, Porto Alegre, 9 de dezembro de 2020
Tratamento de pacientes com COVID-19 na UTI no hospital da Santa Casa de Misericórdia, Porto Alegre, 9 de dezembro de 2020 - Sputnik Brasil
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Uma médica colombiana teve de reaprender a falar e escrever após passar mais de dois meses em uma unidade de terapia intensiva (UTI) com COVID-19.

Delfina Polo Vivero, de 30 anos, trabalhava em um grupo contra a COVID-19 da Polícia Nacional, tendo sido infectada em 7 de junho, conta a mídia local.

A médica, com antecedentes de asma em seu histórico clínico, foi hospitalizada em Cartagena, sua região natal, mas teve de ser mais tarde transferida para a UTI da Fundação Cardiovascular da Colômbia, em Floridablanca, por causa de complicações.

Delfina foi intubada e submetida a uma traqueotomia e três diálises, tendo sofrido duas paradas cardiorrespiratórias e falência múltipla de órgãos. No final, chegou a perder 25 quilos, mas agora não se recorda de tal sofrimento.
© Foto / Conta de Facebook de Delfina ViveroDelfina Polo Vivero, médica colombiana que foi severamente afetada pela COVID-19
Médica colombiana diz que teve de reaprender a falar e escrever após COVID-19 - Sputnik Brasil
Delfina Polo Vivero, médica colombiana que foi severamente afetada pela COVID-19

"Deram-me alta em 22 de agosto e incapacidade por seis meses, tive de voltar a aprender a falar, abrir a boca, escrever, caminhar, me vestir, dirigir", escreveu em sua página de Facebook. Delfina pôde finalmente voltar a ter uma vida normal após longa e dura recuperação, mas ficou com sequelas tais como hipertensão, diabetes e necessidade de anticoagulantes.

No entanto, Delfina se viu obrigada a voltar ao trabalho em apenas três meses, para poder pagar suas contas. "Aqui na Colômbia para se ter algo deve-se ser amigo dos bancos", escreveu. "As dívidas não se alimentam de doença e incapacidade, mesmo que você esteja acamada".

Deste modo, Polo Vivero denunciou que, tanto ela como muitos médicos na linha da frente, não receberam o abono da COVID-19 pelo Estado, algo que Delfina descreve como triste, uma vez que a infecção lhe deixou marcas para a vida.

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