EUA retiram Sudão da lista de países que apoiam o terrorismo depois de 27 anos

© AP Photo / APSudaneses comemoram o primeiro aniversário dos protestos que levaram à deposição do ex-presidente Omar al-Bashir, em Cartum
Sudaneses comemoram o primeiro aniversário dos protestos que levaram à deposição do ex-presidente Omar al-Bashir, em Cartum - Sputnik Brasil
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Com a medida, o Sudão almeja a recuperação financeira – até esta segunda-feira (14), outros países estavam impedidos de negociar com o país, sob pena de sanções.

Os Estados Unidos retiraram o Sudão da lista de países que apoiam o terrorismo nesta segunda-feira (14). A decisão acontece dois meses depois que o país árabe normalizou as relações com Israel.

"Isso [a retirada] representa uma mudança fundamental em nosso relacionamento bilateral em direção a uma maior colaboração e apoio à histórica transição democrática do Sudão", disse o secretário de Defesa dos EUA, Mike Pompeo, em um comunicado à imprensa, segundo a Reuters.

"Esta conquista [...] contribui para as reformas econômicas, atraindo investimentos por meio de canais oficiais, criando novas oportunidades de emprego para os jovens e possibilitando muitos outros aspectos positivos", diz o primeiro-ministro do Sudão, Abdalla Hamdok, em comunicado, de acordo com a AFP.

Os Estados Unidos incluiu o Sudão na lista de países que apoiam o terrorismo em 1993. A acusação era de que o então presidente do Sudão, Omar al Bashir, abrigava grupos militantes de organizações como a Al-Qaeda (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), o Hamas e o Hezbollah.

"Fomos libertados do bloqueio global ao qual fomos forçados pelo comportamento do regime deposto", disse Hamdok, no mesmo comunicado.
© REUTERS / Mohamed Nureldin AbdallahO presidente deposto do Sudão, Omar al-Bashir, durante seu julgamento
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O presidente deposto do Sudão, Omar al-Bashir, durante seu julgamento

Os EUA disseram ainda que planejam trabalhar com o país árabe "para acabar com os passivos ​​com as instituições financeiras internacionais e para fazer avançar os esforços do Sudão para garantir o alívio das dívidas em 2021".

A União Europeia também comemorou o "marco significativo", afirmando que a medida proporcionaria "um impulso positivo para a recuperação econômica do país e o aproximaria de um eventual alívio da dívida".

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