Um dos últimos líderes no mundo a reconhecer o resultado das eleições norte-americanas, Jair Bolsonaro parabenizou Joe Biden por meio de uma publicação em uma rede social.
- Saudações ao Presidente @JoeBiden , com meus melhores votos e a esperança de que os EUA sigam sendo “a terra dos livres e o lar dos corajosos".
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) December 15, 2020
"Estarei pronto a trabalhar com o novo governo e dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos", escreveu o presidente brasileiro em outra mensagem.
Também nesta terça-feira (15), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, reconheceram a vitória de Biden.
Ontem (14), seguindo os protocolos do calendário eleitoral nos EUA, o Colégio Eleitoral confirmou a vitória de Joe Biden. Concomitante a isso, diante das recentes derrotas de Donald Trump na Justiça americana para reverter o resultado do pleito, o presidente Jair Bolsonaro enfim reconheceu o que a maior parte dos líderes mundiais já haviam feito.
Durante o período eleitoral americano, Bolsonaro afirmou reiteradas vezes que apoiava a reeleição de Donald Trump. Ele chegou a afirmar que viajaria a Washington, capital dos Estados Unidos, para a cerimônia de posse.
Ainda ontem (14), o professor Roberto Moll falou com a Sputnik Brasil sobre o futuro do relacionamento entre as duas nações, e as diferenças, para o Brasil, entre Trump e Biden.
Cientista político da UFF falou com a Sputnik Brasil sobre o comportamento de Bolsonaro em meio às mudanças nas relações entre Brasil e EUA após a vitória de Joe Biden. https://t.co/4ZotoqCvUm
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) December 15, 2020
O cientista político afirmou que uma das possíveis explicações para a demora de Bolsonaro em reconhecer o pleito é que o presidente brasileiro não construiu nenhuma ponte com o Joe Biden, então ele insistia em uma mirabolante e improvável virada de jogo do Donald Trump.
Roberto Moll entende que "durante a corrida eleitoral norte-americana, o presidente Bolsonaro cometeu um enorme equívoco ao prestar apoio a um dos candidatos. Com a vitória de Biden, certamente há um enfraquecimento nas relações mútuas entre os dois governos".