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Ministério Público denuncia 6 pessoas pela morte de João Alberto em supermercado do Carrefour

© Folhapress / Fernando AlvesSupermercado da rede Carrefour onde João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos, foi espancado até a morte por dois seguranças do local.
Supermercado da rede Carrefour onde João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos, foi espancado até a morte por dois seguranças do local. - Sputnik Brasil
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O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) denunciou seis pessoas pela morte de João Alberto Silveira Freitas, homem negro espancado em uma loja do supermercado Carrefour, em Porto Alegre, na véspera do Dia da Consciência Negra.

A denúncia apresentada pelo promotor André Martinez nesta quinta-feira (17) acusa os seguranças Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges, e os funcionários do supermercado Adriana Alves Dutra, Paulo Francisco da Silva, Kleiton Silva Santos e Rafael Rezende.

Os acusados vão responder por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima). As informações foram publicadas pelo portal G1.

© AP Photo / Andre PennerA frase "Vidas pretas importam", vista de cima, cobre a Avenida Paulista perto do MASP (Museu de Arte de São Paulo), 23 de novembro, 2020. As palavras foram escritas pelos ativistas após a morte brutal de João Alberto Silveira Freitas.
Ministério Público denuncia 6 pessoas pela morte de João Alberto em supermercado do Carrefour - Sputnik Brasil
A frase "Vidas pretas importam", vista de cima, cobre a Avenida Paulista perto do MASP (Museu de Arte de São Paulo), 23 de novembro, 2020. As palavras foram escritas pelos ativistas após a morte brutal de João Alberto Silveira Freitas.

O Ministério Público ainda acrescentou o racismo como forma de qualificação por motivo torpe.

"Um homicídio triplamente qualificado, além de torpeza ligada ao preconceito racial, nós temos o uso do meio cruel que seria asfixia, além da agressão brutal e desnecessária, junto ao final com o recurso que dificultou a defesa, exatamente por essa superioridade numérica, sempre há impossibilidade de resistência da vitima, que vai a óbito após cinco minutos de manejo cruel por parte de seus agressores", escreveu o promotor.

O subprocurador para Assuntos Institucionais do MP-RS, Marcelo Dornelles, ainda informou que instaurou três inquéritos civis: danos coletivos, direitos humanos e patrimônio público.

"Somatório que, unido, somou nessa tragédia. Despreparo dos agentes de segurança, desprezo e desprestígio daquelas pessoas. Por isso, essa discussão fundamental do racismo estrutural", afirmou Dornelles.

O MP também pediu à Justiça que os denunciados respondam ao processo presos e solicitou a conversão da prisão temporária de Paulo, Kleiton e Rafael em prisão preventiva.

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