Eustáquio é investigado no inquérito instaurado em junho e que apura o financiamento e a organização de atos antidemocráticos, quando manifestantes foram às ruas levantando bandeiras consideradas inconstitucionais, como o fechamento do Congresso e do STF.
O blogueiro já cumpria prisão domiciliar, mas descumpriu as restrições impostas pelo Supremo. Eustáquio deixou sua casa e se deslocou até o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, chefiado pela ministra Damares Alves. As informações foram publicadas pelo portal G1.
A tornozeleira eletrônica detectou o deslocamento e a Vara de Execuções Penais da Justiça do Distrito Federal informou ao STF que não autorizou a saída de Eustáquio.
Alexandre de Moraes escreveu que, por conta do descumprimento das restrições, fez-se necessário o pedido de prisão preventiva.
"Após sucessivas oportunidades concedidas ao investigado, ele continuou a insistir na prática dos mesmos atos que lhe foram anteriormente vedados por expressa determinação da Justiça, situação que revela a inutilidade das medidas cautelares impostas, bem como a própria ineficácia da prisão domiciliar, haja vista que Oswaldo Eustáquio Fillho, ao invés de permanecer no interior da sua residência cumprindo o que lhe fora determinado, continuou circulando livremente além do limite permitido", escreveu o ministro.
Em novembro, o STF impôs a prisão domiciliar após constatar que Eustáquio saiu de Brasília, onde mora, sem autorização judicial, para ir até São Paulo.