Segundo os dados da pesquisa, publicados pelo jornal Folha de São Paulo, a porcentagem de pessoas que não pretendem sair de suas casas para as festas de fim de ano é maior entre as mulheres, sendo 78% das entrevistadas. Entre os homens a proporção segue alta, mas cai para 70%.
A pesquisa do Datafolha também revela que os idosos, em geral, são tão cuidadosos quanto as mulheres. Entre os membros da terceira idade, 78% dizem que não farão reuniões fora de suas casas para as festas. Entre os jovens, a porcentagem cai para 70%.
A porcentagem de pessoas que ficarão em suas casas no Natal e Ano Novo também foi alta entre os entrevistados que avaliam o governo do presidente brasileiro como ótimo ou bom. Nessa faixa da pesquisa, 69% disseram que não deixarão seus lares para as festas.
O Datafolha também colheu dados por faixa de renda e escolaridade. Os entrevistados da pesquisa com maior renda e mais escolaridade estão entre os que mais dizem que farão reuniões fora de suas casas. Entre os de faixa de renda acima de dez salários mínimos, 47% disseram que sairão de suas casas. Já entre os entrevistados com ensino superior completo, 37% disseram que sairão de casa para as festas de final de ano.
Entre especialistas cresce a preocupação com as reuniões familiares de final de ano, sendo que a orientação para evitar a disseminação da COVID-19 é não realizar encontros fora do núcleo familiar durante as festas. Nas últimas semanas, casos e mortes voltaram a crescer no Brasil, sendo que nos últimos dias o país voltou a registrar mais de mil óbitos diários.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), um dos institutos de pesquisa realizando testes de vacinas contra a COVID-19 no Brasil, publicou uma cartilha com orientações de segurança para as reuniões de Natal e Ano Novo. A Fiocruz, porém, reforça que a forma mais segura de passar as festas é dentro da própria casa.
Segundo os dados da Universidade Johns Hopkins, o Brasil é o segundo país com mais mortes registradas por COVID-19, atrás apenas dos Estados Unidos. No Brasil, mais de sete milhões de casos da doença foram confirmados até agora, sendo que 185.650 pessoas perderam suas vidas por causa da COVID-19.