O ministro da Saúde sul-africano, Zweli Mkhize, disse em um comunicado que parece haver uma mudança no quadro epidemiológico da situação – agora há mais pacientes jovens ficando gravemente infectados.
"Clínicos apresentaram evidência de uma mudança no quadro epidemiológico – em particular, eles observaram que há uma maior proporção de pacientes mais jovens sem comorbidades que se apresentem com doença grave. Assim, a evidência referida sugere que a segunda onda de epidemia que estamos experienciando está sendo movida por esta nova variante [estirpe]", disse Mkhize.
O presidente do Comitê Consultivo Ministerial para a COVID-19 da África do Sul, Salim Abdool Karim, disse que a estirpe, denominada de variante 501.V2, é uma possível causa da aceleração da transmissão, mas ainda não é certo se a mesma está contribuindo para o aumento do número de óbitos.
"É ainda bastante cedo, mas nesta fase a informação preliminar sugere que o vírus que está dominando agora a segunda onda [da epidemia] se está propagando mais rápido que o da primeira. Ainda não é certo se a segunda onda tem mais ou menos mortes, ou seja, a severidade [da nova estirpe] anda não está clara. Esperaríamos que fosse um vírus menos agressivo, mas não temos nenhuma prova clara por enquanto. Ainda não tivemos nenhum [grande] alarme relativo ao atual número de mortes", explicou Karim.
Novas estirpes do SARS-CoV-2, vírus que gera a COVID-19, têm sido descobertas em todo o mundo. Isto representaria más notícias para a África do Sul, sendo este um dos países africanos mais afetados pelo vírus, com cerca de 900 mil casos positivos e, pelo menos, 24.285 mortes registradas.