Após falar em videoconferência com representantes dos países-membros do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, declarou que o Irã não deveria tomar ações táticas que dificultariam a reversão da decisão de saída do acordo, tomada por Donald Trump, pelo presidente eleito norte-americano Joe Biden.
"Para tornar possível uma aproximação com os Estados Unidos sob Biden, não deve haver mais manobras táticas vistas em excesso neste ano. Esta chance, esta última janela de oportunidade, não deve ser desperdiçada", afirmou o ministro alemão, citado pela agência Reuters.
É sabido que os EUA e o Irã nunca tiveram relações muito amigáveis. Contudo, as tensões entre ambos os países voltaram a escalar mais intensamente em 8 de maio de 2018, o dia em que o presidente Donald Trump decidiu, uniletralmente, que os EUA abandonariam o Plano de Ação Conjunto Global. No início de 2020, após o assassinato do major-general Qassem Soleimani, o Irã decretou que também se retiraria do acordo nuclear.
Porém, com a iminência de uma nova administração na Casa Branca, surgem esperanças de que as duas nações nucleares possam voltar a se comprometer com os princípios do JCPOA, em prol da prevenção da corrida ao armamento nuclear e, logo, da segurança mundial.