De acordo com um comunicado nas redes sociais feito pelo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, a disputa sobre a região, que envolve a exploração offshore de petróleo e gás, ainda está longe de um acordo satisfatório tanto para Israel quanto para o Líbano.
"Lamentavelmente, apesar da boa vontade de ambos os lados, as partes continuam distantes", disse Mike Pompeo.
The United States remains ready to mediate constructive negotiations between the Israeli and Lebanese governments on their maritime boundary. We encourage both sides to continue discussions based on the respective claims they have previously deposited at the United Nations.
— Secretary Pompeo (@SecPompeo) December 22, 2020
Os Estados Unidos continuam prontos para mediar negociações construtivas entre os governos israelense e libanês em suas fronteiras marítimas. Incentivamos ambos os lados a continuar as discussões com base nas respectivas reivindicações que depositaram anteriormente nas Nações Unidas.
A questão da fronteira
Desde outubro, Israel e Líbano promovem rodadas de negociação para delimitar as fronteiras em território marítimo de cada um. Em meio à disputa está a exploração offshore de petróleo e gás.
Já o presidente libanês, Michel Aoun, ao comentar a situação, afirmou que o delineamento da fronteira deveria ser "baseado na linha que parte em terra do ponto de Ras Naqoura".
Israel discorda deste entendimento e acusa o Líbano de mudar constantemente sua posição sobre a disputada fronteira marítima no Mediterrâneo. De acordo Tel Aviv, crise poderia levar países a um "beco sem saída", o que seria prejudicial para toda a região.
Países em estado de guerra, Líbano e Israel se reuniram nesta quarta-feira (14) para negociar fronteira marítima, que esconde reservas de petróleo e gáshttps://t.co/dIhT60neAd
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) October 14, 2020
O campo de gás de Karish
A demarcação deve ser "de acordo com o princípio geral conhecido como linha mediana, sem levar em consideração qualquer impacto das ilhas costeiras palestinas ocupadas", afirmou Aoun, referindo-se ao litoral israelense.
A questão envolvendo fronteiras marítimas de Israel e Líbano partiu de uma negociação com base em um mapa registrado nas Nações Unidas em 2011. O Líbano considera que esse mapa foi baseado em estimativas erradas, e exige 1.430 quilômetros quadrados adicionais para o seu território, o que inclui parte do campo de gás Karish de Israel.