Durante uma audiência sobre o combate à COVID-19 realizada nesta terça-feira (22) por iniciativa da Comissão Externa da Câmara dos Deputados, Nísia Trindade, que preside a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desde janeiro de 2017, afirmou que serão entregues um milhão de doses ao Programa Nacional de Imunização (PNI) entre 8 e 12 de fevereiro de 2021, e outro milhão na semana seguinte.
"A grande angústia da nossa sociedade é com relação ao início da vacinação. Então, vou só informar a todos que, no caso da Fiocruz, nós estaremos recebendo ingrediente farmacêutico ativo para o início da produção no mês de janeiro", disse Nísia Trindade, segundo o portal G1.
A presidente da Fiocruz acrescentou que a meta do instituto é produzir 700 mil doses por dia a partir da terceira semana de fevereiro, mas ressaltou que ela ainda precisa ser certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e também necessita do próprio registro, que caberá à AstraZeneca entrar com o pedido. Apenas a partir desse processo que as vacinas começarão a ser entregues ao Programa Nacional de Imunização.
Segundo o ministro da Saúde, o país espera receber, até março, 93,4 milhões de injeções. Após o anúncio, Pazuello disse que o Brasil está "em uma vanguarda" quanto à vacinação contra a COVID-19 https://t.co/1TaqbgvmN0
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) December 17, 2020
O imunizante está sendo desenvolvido pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido. De acordo com o contrato assinado pelo governo brasileiro, o país receberá o "ingrediente farmacêutico ativo" (IFA) para processar e envasar as doses na fábrica de vacinas Biomanguinhos, da Fiocruz.
A audiência da Comissão Externa da Câmara dos Deputados também contou com uma breve participação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. No último dia 17, o ministro chegou a anunciar que o governo receberia 24,7 milhões de vacinas contra a COVID-19 ainda no mês de janeiro, das quais 15 milhões de doses corresponderiam ao imunizante da AstraZeneca.
Hoje (22), Pazuello disse que o país "está caminhando forte para poder ter vacinas de várias matizes" e entregar as doses "o mais rápido possível".
"Estamos nos preparando para iniciar 2021 com a vacina. Se Deus quiser, assim que registrada pela Anvisa, [...] nós vamos vacinar a nossa população como um todo", afirmou Pazuello, segundo o G1.
De acordo com o ministro da Saúde, a previsão é que a vacinação comece no final de janeiro, "na melhor hipótese", e em meados ou no final de fevereiro, "na pior hipótese".