De acordo com informações do portal Público, divulgadas nesta quarta-feira (23), o partido Fidesz, do primeiro-ministro Viktor Orban, está em segundo lugar nas intenções de voto para premiê da Hungria. Ele aparece atrás de uma coalizão formada por partidos da oposição.
O pleito na Hungria deve acontecer apenas em 2022, porém, a oposição à Orban segue unida em torno de um projeto para vencer o atual primeiro-ministro.
O apoio ao Fidesz desceu dois pontos percentuais, e chegou a 30%, segundo o instituto Republikon. Os partidos que se juntaram aparecem com 35% das intenções de voto, tendo subido três pontos percentuais. Outras pesquisas mediram tendências semelhantes. O apoio do Fidesz caiu seis pontos percentuais em um único mês, para 34% em dezembro, disse o Median na semana passada.
O governo de Viktor Orban enfrenta graves problemas em função da pandemia de COVID-19. A oposição usa esta questão para criticar o governo. Seu partido também se envolveu na polêmica sobre o veto ao pacote de orçamento e recuperação de 27 países da União Europeia.
Em meio a este cenário político, o afastamento de Jozsef Szajer, um dos fundadores do Fidesz em 1988 e figura muito próxima de Orbán, pode ser interpretado como um golpe para o partido. Critico do homossexualismo, Jozsef Szajer é o eurodeputado que quebrou as regras do confinamento na Bélgica, tendo sido flagrado participando de uma orgia.
A oposição tenta encontrar força ao juntar-se para ter maior dimensão, já que o governo também alterou o sistema para dar mais força aos partidos maiores e com representação em todo o território.
Trata-se de uma incógnita o que poderá acontecer a uma aliança que junta partidos tão díspares, como o Momentum, movimento liberal saído da sociedade civil e cuja primeira ação foi contra a candidatura de Budapeste aos Jogos Olímpicos, e o Jobbik, que já foi aliado do Fidesz, mas, com tempo, passou a se posicionar cada vez mais para o centro.