Enfatizando China e Rússia, EUA elaboram estratégia para manter superioridade no mar

© AP Photo / Jason Tarleton / Marinha dos EUAEmbarcações da Marinha dos EUA, o USS Ronald Reagan e o USS Nimitz entram em formação no mar do Sul da China
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Os chefes da Marinha, do Corpo de Fuzileiros Navais e da Guarda Costeira dos EUA elaboraram estratégia para manter superioridade no mar.

A iniciativa surge em um contexto de constante rivalidade com as suas principais concorrentes – a Rússia e a China.

Em oposição a Rússia e China

O conjunto de forças navais dos EUA apresentou um relatório intitulado "Vantagem no mar: domínio através da integração interinstitucional das forças navais". Trata-se de uma iniciativa de desenvolvimento que tem em conta a situação geopolítica e os desafios que os líderes militares americanos enfrentam.

"Integrados, a Marinha, o Corpo de Fuzileiros Navais e a Guarda Costeira dos EUA devem manter a clara determinação de competir, deter, e, se necessário, derrotar os nossos adversários, enquanto aceleramos o desenvolvimento para o futuro de uma força naval integrada em todos os domínios", destacaram o chefe de Operações Navais, almirante Michael Gilday, o comandante do Corpo de Fuzileiros Navais, general David Berger, e o comandante da Guarda Costeira dos EUA, Karl Schultz.

Os autores do relatório apontam que a situação mundial mudou de forma significativa desde a publicação de estratégia semelhante de 2015.

A nova estratégia dá especial atenção à China e à Rússia, países cujas forças navais mostram "crescente agressividade marítima a fim de dominar as principais águas internacionais e do desejo claro de refazer a ordem internacional a seu favor".

Além disso, os agressivos crescimento e modernização navais da China e da Rússia estão desgastando as "vantagens militares dos EUA", aponta o relatório.

© Foto / Marinha dos EUA / MC3 Maria G. LlanosO destróier de mísseis guiados USS William P. Lawrence (DDG 110) e o Navio-Escola (NE) Brasil (U27) conduzem exercício de passagem (PASSEX) no mar do Caribe
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O destróier de mísseis guiados USS William P. Lawrence (DDG 110) e o Navio-Escola (NE) Brasil (U27) conduzem exercício de passagem (PASSEX) no mar do Caribe

A questão de recursos naturais é abordada várias vezes no documento, tendo em conta as disputas internacionais sobre os direitos de exploração e desenvolvimento de depósitos minerais em alto mar, tanto no Ártico como no leste do Mediterrâneo.

De acordo com os líderes militares norte-americanos, "as tentativas da China e da Rússia de alargar o controle sobre os recursos marinhos naturais e de limitar o acesso aos oceanos têm consequências negativas para todos os Estados".

Medidas contra ameaças ao domínio dos EUA

Para conter a China e a Rússia, os autores do documento aconselham os EUA a "manter um ambiente marítimo estável, seguro, livre, aberto e propício à prosperidade econômica através do trânsito, comércio e busca legal de recursos naturais".

Por sua vez, o programa Battle Force 2045 poderia dar uma resposta adequada às atuais ameaças. O projeto, apresentado no início de outubro, implica um aumento de navios da Marinha dos EUA para mais de 500 unidades.

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