O pacto foi firmado após meses de negociações posteriores ao Brexit, com objetivo de estabelecer como ficariam as relações comerciais entre o bloco e ex-integrante da UE.
Em declaração feita por meio do Twitter, Surgeon deixou claro que a Escócia não apoiou a saída do Reino Unido da União Europeia.
"É importante lembrar que o Brexit está acontecendo contra a vontade da Escócia. E não há acordo que possa compensar o que o Brexit tira de nós", afirmou.
Além disso, deu a entender que buscará fortalecer a campanha pela independência escocesa.
"Chegou a hora de traçar nosso próprio futuro como uma nação europeia independente", acrescentou.
Before the spin starts, it’s worth remembering that Brexit is happening against Scotland’s will. And there is no deal that will ever make up for what Brexit takes away from us. It’s time to chart our own future as an independent, European nation.
— Nicola Sturgeon (@NicolaSturgeon) December 24, 2020
Antes de mais nada, é importante lembrar que o Brexit está acontecendo contra a vontade da Escócia. E não há acordo que possa compensar o que o Brexit tira de nós. Chegou a hora de traçar nosso próprio futuro como uma nação europeia independente
Negociações duraram 1 ano
Em 2014 a Escócia realizou um referendo de independência, no qual Londres fez forte campanha pela permanência da região como parte do Reino Unido.
Ao final, o voto contrário à separação ganhou por 55,3%, contra 44,7% que disseram preferir uma Escócia independente. Na campanha do Brexit, as autoridades escocesas se posicionaram contra a saída do Reino Unido da União Europeia.
Após o resultado do referendo, realizado em 2016, por várias vezes líderes da Escócia, entre eles Nicola Sturgeon, disseram que tentariam impulsionar a independência novamente.
O Reino Unido deixou oficialmente a UE em janeiro e foi iniciada uma fase de transição até o final de 2020. A uma semana do fim do período transitório, após muitas idas e vindas, os dois lados chegaram a um acordo sobre as novas relações comerciais.
Segundo previsões do governo britânico, um Brexit sem acordo levaria a uma queda do PIB de 7,6% dentro de 15 anos. Com o pacto, haverá recessão, embora menor: a expectativa é de que a economia britânica caia 4,9%.
Theresa May felicita acordo
Se a líder escocesa criticou o acordo, a ex-primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, saudou o fim das negociações. A política conversadora assumiu o poder logo após o referendo e liderou o país no início das negociações com a União Europeia. No entanto, as dificuldades para se chegar a um consenso fizeram ela renunciar.
Very welcome news that the UK & EU have reached agreement on the terms of a deal - one that provides confidence to business and helps keep trade flowing. Looking forward to seeing the detail in the coming days.
— Theresa May (@theresa_may) December 24, 2020
Notícias muito boas de que o Reino Unido e a UE chegaram a um entendimento sobre os termos de um acordo - que dá confiança aos negócios e ajuda a manter o fluxo comercial. Estou ansiosa para ver os detalhes nos próximos dias