Com Donald Trump no poder, a administração presidencial investiu bilhões de dólares na renovação do arsenal nuclear dos EUA e na introdução de novas armas nucleares, enquanto a nação tem saído dos principais tratados de limitação de uso de armas de destruição em massa.
Segundo notícia publicada no The Wall Street Journal, Biden planeja fazer uma revisão crítica e completa nos programas de armas nucleares e inverter o caminho tomado por Trump em pelo menos um acordo – Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Novo START), que expira 16 dias depois da tomada de posse do novo presidente dos EUA.
O artigo revela que entre os programas que Biden deverá rever estão o do novo míssil balístico intercontinental estratégico de dissuasão terrestre (GBSD, na sigla em inglês), que visa substituir o míssil balístico intercontinental Minuteman III, e o programa LRSO, que está atualmente elaborando míssil de cruzeiro nuclear.
Tudo indica que estes projetos custam centenas de bilhões de dólares. Por exemplo, somente o programa do míssil GBSD é avaliado em US$ 264 bilhões (1,376 trilhão), sem incluir o custo de nova ogiva nuclear.
No entanto, os apoiadores destes programas dizem que estas armas são necessárias para substituir os sistemas mais antigos que em breve se tornarão obsoletos, incluindo o míssil balístico intercontinental Minuteman III e o míssil de cruzeiro nuclear AGM-86.
Artigos publicados recentemente no portal Defense News e pela Instituição Brookings solicitaram a futura administração Biden que emita uma nova Revisão da Postura Nuclear para avaliar "como as decisões internas da administração Trump em matéria de política nuclear afetaram negativamente possíveis iniciativas para reduzir os riscos nucleares e resolver imediatamente quaisquer problemas potenciais", escreve portal.