Hunter Biden, filho do presidente democrata eleito no início de novembro, continua detendo 10% das ações da BHR Partners – uma companhia chinesa estabelecida em 2013 e fundada por investidores privados e autoridades chinesas, inclusive o Banco Popular da China, segundo relata The Wall Street Journal. A mesma fonte informa que a Skaneateles LLC de Biden, com sede em Delaware, é a detentora das ações.
Biden investiu cerca de US$ 420 mil (aproximadamente R$ 2 milhões) na companhia, estabelecida duas semanas após ele chegar à China, tendo vindo no avião de seu pai que estaria visitando a nação asiática enquanto vice-presidente.
Parte da quantia teria sido emprestada a Hunter por seus coinvestidores da BHR, de acordo com o jornal. Desde então, a companhia tem adquirido ativos no valor de mais de US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 5,2 bilhões), refere a mídia americana.
Por sua vez, a Fox News relatou, citando uma fonte anônima, que o filho de Joe Biden está tentando agora se livrar de suas ações da companhia chinesa, mas ainda sem sucesso.
Corte de relações com a China – uma promessa não cumprida
No ano passado, Hunter Biden jurou se liberar dos 10% de suas ações na BHR Partners até 31 de outubro de 2019. Contudo, relatórios oficiais chineses de abril deste ano mostram que o filho do democrata ainda é "pessoa-chave" na mesma, bem como a Skaneateles LLC ainda detendo 10% da mesma.
Hunter Biden confessou recentemente ser objeto de uma investigação sobre seus registros fiscais pelas autoridades de Delaware. No entanto, um relato de Politico sugere que também está sendo investigado pelo FBI e pelo Distrito Sul de Nova York por causa de seus laços de negócios estrangeiros e por suposta participação de um esquema de lavagem de dinheiro.
Joe Biden descartou as alegações contra seu filho, dizendo que o último foi vítima de "jogo sujo", expressando confiança em sua inocência. Contudo, a administração de Trump não está convencida, pelo que está procurando a nomeação de um Conselho Especial para investigar as ligações da família Biden à China, que continuaria mesmo depois de Trump abandonar a Casa Branca.