A confirmação da morte foi dada neste sábado (26) por Sergei Ivanov, porta-voz do Serviço de Inteligência Externa (SVR), à Sputnik.
"Recebemos notícias amargas, o lendário George Blake se foi", disse.
O presidente russo, Vladimir Putin, expressou suas profundas condolências à família e amigos de Blake. A mensagem foi publicada no site do Kremlin.
"O coronel Blake foi um profissional excepcional, de coragem especial e resistência à vida. Ao longo dos anos de seus esforços árduos e extenuantes, ele deu uma contribuição verdadeiramente inestimável para garantir a paridade estratégica e a preservação da paz no planeta. [...] Nossos corações sempre guardarão a calorosa memória deste homem lendário", diz o texto.
Blake nasceu em 1922 nos Países Baixos e em 1942 chegou ao Reino Unido onde começou a trabalhar na Diretoria de Operações Especiais, em 1948 foi recrutado pelo serviço de inteligência britânico MI-6.
Em 1950, após a divisão da Coreia, Blake foi capturado e levado para a Coreia do Norte, onde passou três anos. Após sua libertação, o Reino Unido o enviou como agente duplo para Berlim, onde ele contatou a KGB e revelou informações sobre agentes do MI6 e também sobre operações no Reino Unido e nos Estados Unidos.
Ele foi capturado em 1961 e condenado a 42 anos de prisão em Londres, mas escapou quatro anos depois para se exilar na União Soviética.