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O adeus de Rodrigo Maia: 'Óbvio que a agenda econômica vai continuar sendo liberal'

© Folhapress / Pedro LadeiraEm Brasília, o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), à esquerda, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à direita, participam inauguração de estátua de Ulysses Guimarães, em 7 de outubro de 2019
Em Brasília, o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), à esquerda, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à direita, participam inauguração de estátua de Ulysses Guimarães, em 7 de outubro de 2019 - Sputnik Brasil
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Rodrigo Maia concedeu uma entrevista nesta terça-feira (29) e falou sobre sua passagem na presidência da Câmara. Para ele, ganhar a eleição para presidente do Congresso é o embrião de uma chapa de centro-direita em 2022.

Atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia fez diversas previsões sobre o futuro do Brasil em uma entrevista para a Folha de São Paulo. Ele disse, entre outros assuntos, que a agenda neoliberal será retomada na Câmara em 2021. Segundo ele, "nosso campo vota majoritariamente a favor da agenda econômica do governo. Após a sucessão, é óbvio que a agenda econômica vai continuar sendo liberal".

Em outro trecho da entrevista, Maia falou sobre os nomes que lhe agradam para concorrer contra Jair Bolsonaro na eleição de presidencial de 2022. Além de Luciano Huck e João Doria, ele cita ACM Neto (presidente do DEM), Ciro Gomes, do PDT, e Paulo Câmara, governador de Pernambuco pelo PSB.

© Foto / Agência Brasil/Marcelo CamargoPresidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), durante sessão plenária da Câmara (foto de arquivo)
O adeus de Rodrigo Maia: 'Óbvio que a agenda econômica vai continuar sendo liberal' - Sputnik Brasil
Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), durante sessão plenária da Câmara (foto de arquivo)
Rodrigo Maia encerra suas atividades como presidente do Congresso em fevereiro de 2021, o último de três mandatos seguidos à frente do parlamento brasileiro.

De olho em fazer um sucessor, o deputado Baleia Rossi, Rodrigo Maia celebrou a formação de um bloco que reúne 280 deputados, de partidos de centro-direita e direita (DEM, MDB, PSDB e PSL), e também de oposição, como PT, PCdoB, PDT e PSB.

Segundo ele, "nós tivemos durante um longo período do ano passado, e até o meio da pandemia, o entorno das redes sociais do governo, do presidente, com muita agressão ao Congresso, ao Supremo, e às instituições democráticas".

Neste sentido, Maia destacou o que considera seu maior legado: o protagonismo do Congresso Nacional. "Na pandemia, se não fosse o Congresso, a maioria dos projetos mais importantes não teria andado. Acho que foram dois anos de uma experiência muito interessante e perigosa nesse enfrentamento, que chegou até a se jogar fogos em direção ao Supremo Tribunal Federal".

Ele também falou sobre sua relação com Paulo Guedes, entre ataques pessoais e apoio à agenda do ministro da Economia. "Não estou rompido com ele não. Mas eu não preciso. Votamos tudo sem a gente precisar ter um diálogo". Ao ser questionado se viu uma tentativa do governo de tentar minar o final de sua gestão, Maia entende que sim.

​"Eu acho que sim, mas acho que erraram, né? A última semana de trabalho mostrou que a Câmara tem uma maioria que quer aprovar projetos. A equipe política, no final, fez política populista. Deixou a pauta em aberto para eu pautar. Mas tenho responsabilidade. E de nenhuma forma tento aprovar projetos que não sejam dialogados com os quadros técnicos de cada uma das áreas das matérias".

Por fim, Rodrigo Maia falou sobre a polêmica questão de vacinação no Brasil. "A vacina é o único caminho para que o Brasil retome a sua normalidade e a gente garanta vidas. É lastimável a posição do governo negando a vacina, não tendo um plano, não organizando e vendo os outros países, inclusive da própria região, começando a vacinar. E a cada dia de atraso na vacina são mil mortos no Brasil, vidas que a gente perde pela incompetência e falta de responsabilidade do governo".

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