O conceito do AS-31 Losharik remonta a uma iniciativa soviética do final dos anos 1980 de projetar um submarino moderno de operações especiais, em parte, para substituir as embarcações das classes Kashalot e Raio-X (X-Ray, na classificação da OTAN).
Conduzido em sigilo máximo, o conceito do AS-31 Losharik acabou sendo congelado após o colapso da União Soviética, ganhando fôlego apenas no início dos anos 2000, e sendo lançado em 2003. Desde então, Losharik ou AS-31 entrou em serviço da Direção-Geral de Pesquisa em Águas Profundas do Ministério da Defesa da Rússia (GUGI, na sigla em russo).
Tecnicamente separada da Marinha russa, a GUGI encabeça esforços da Rússia de coleta de informações de inteligência em águas profundas, aponta a revista The National Interest.
O submarino Losharik, alimentado por apenas um reator nuclear, tem um deslocamento de menos de mil toneladas e um comprimento de aproximadamente 70 metros.
Segundo observa especialista em submarinos H I Sutton, o casco do Losharik tem no seu interior sete esferas ou orbes, que permitem que o submarino opere a profundidades elevadas.
As especificações da embarcação, todavia, continuam sendo temas de especulação, tendo Sutton sugerido que na parte de trás dela provavelmente ficam os motores, enquanto as baterias devem estar localizadas mais perto da frente.
Isso tudo pode significar que o AS-31 Losharik é um submarino especial tripulado por uma equipe de elite e destinado a executar tarefas especialmente sob medida. Acredita-se que esteja entre os navios especiais mais avançados da Rússia.
No ano passado, as autoridades russas anunciaram que a referida embarcação voltaria ao serviço depois de passar por reparos e, desde então, Moscou não forneceu mais detalhes do processo de reparação.