A partir desta sexta-feira (1º) está valendo novamente a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para operações de crédito, informou o site G1. Isso significa que o custo do empréstimo será mais caro em 2021.
A alíquota do tributo permaneceu suspensa até 31 de dezembro por uma decisão do governo como estímulo para combater o efeito do novo coronavírus na atividade econômica.
A cobrança máxima do tributo é de 3% ao ano para pessoa jurídica e de 6% para pessoa física.
"A cobrança da alíquota é limitada aos primeiros 365 dias do contrato. Caso contrário, financiamentos imobiliários seriam impagáveis", explicou o advogado tributarista Marcos Lázaro, do escritório Franco Advogados.
A primeira redução da alíquota do IOF aconteceu em abril. O custo da medida foi de R$ 7 bilhões, segundo a equipe econômica. Inicialmente, a cobrança ficaria suspensa por 90 dias.
Em outubro, o presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória prorrogando o IOF com custo zero para as operações de crédito até 31 de dezembro de 2020.
Em novembro, no entanto, a cobrança do tributo voltou a valer como forma de compensar a isenção dada nas contas de luz dos moradores do Amapá afetados por três semanas de apagão elétrico.
Em dezembro, um novo decreto de Bolsonaro voltou a zerar a cobrança do IOF.
IOF zerado
Com IOF zerado e juros em queda, os últimos meses viram uma forte expansão do crédito no país. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os bancos concederam R$ 2,6 trilhões em crédito no período de março a outubro, incluindo novas operações, renovações e prorrogações de contratos.
De acordo com o Banco Central, o volume total do crédito oferecido pelos bancos cresceu 1,9% em setembro para R$ 3,809 trilhões. Em doze meses, o crescimento do volume total do crédito bancário acelerou de 12,2% para 13,1%.
Já o financiamento de imóveis disparou. Foram R$ 13,9 bilhões em outubro de 2020, um aumento de 84% em relação ao mesmo mês de 2019. Desde o início do ano, foram financiados mais de 320 mil imóveis, somando R$ 92,67 bilhões.