Deputado alemão chama de 'suicídio' possível rejeição ao gasoduto Nord Stream 2

© Sputnik / Ilia PitalevCapacete de trabalhador do projeto Nord Stream 2, em pátio na região de Leningrado. O gasoduto deve sair da costa russa em direção à Alemanha
Capacete de trabalhador do projeto Nord Stream 2, em pátio na região de Leningrado. O gasoduto deve sair da costa russa em direção à Alemanha - Sputnik Brasil
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O deputado Waldemar Herdt do Bundestag (parlamento alemão) considera "suicida" e "absurda" a possível saída da Alemanha do gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2).

Para o deputado, o gasoduto vai ser fundamental para garantir o fornecimento de energia a todos os cidadãos, particularmente no contexto atual de fechamento gradual das usinas nucleares.

"A rejeição do Nord Stream 2 é simplesmente suicídio. A falta de energia é enorme. O Nord Stream 2 não cobrirá as necessidades energéticas da Alemanha. Dá para imaginar se não o colocarmos em funcionamento? Isso é um completo absurdo, um completo disparate", afirmou Herdt em entrevista à mídia russa 360. A Alemanha planeja abrir mão de energia nuclear até 2022.

A chanceler alemã, Angela Merkel, decidiu proibir o combustível em março de 2011, depois do desastre na usina nuclear Fukushima I, no Japão.

Herdt acredita que a decisão pode levar a Alemanha ao colapso econômico, razão pela qual o país precisa do Nord Stream 2. Após o fechamento das usinas nucleares, a energia ficará ainda mais cara se o fornecimento não for garantido na Alemanha, pondera o deputado.

"Fechamos as usinas de carvão, renunciamos à energia nuclear e apostamos no transporte elétrico, mas onde vamos buscar recursos energéticos se renunciarmos à oferta de fornecimento de gás que a Rússia nos fez, uma oferta muito boa tanto do ponto de vista econômico como ecológico", comentou o deputado em entrevista à Sputnik.

O gasoduto Nord Stream 2, alimentado por uma aliança de empresas da Rússia, Alemanha, Áustria, França e Países Baixos, conectará os dois primeiros países pelo fundo do mar Báltico.

A infraestrutura, projetada para diversificar as rotas de fornecimento de gás da Rússia para a Europa e aumentar a segurança energética, consistirá em duas ramificações para transportar até 55 bilhões de metros cúbicos de gás natural.

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