O estado brasileiro mais atingido pela COVID-19 voltou nesta segunda-feira (4) para a fase amarela da quarentena. Após três dias seguidos na fase vermelha, São Paulo terá a reabertura do comércio e de outras atividades não essenciais, informa o site G1.
A exceção é a região de Presidente Prudente por causa dos indicadores de internações.
Na sexta-feira (1º), o prefeito eleito Ed Thomas (PSB) assinou decreto tirando a cidade da fase vermelha. Ele liberou o funcionamento do comércio alegando que não teve acesso oficial aos levantamentos e dados técnicos, promovidos por especialistas, que pudessem justificar a paralisação da atividade econômica da região.
"O município deve pautar suas decisões em critérios transparentes, com análise de todas as fontes, sejam elas dos governos federal ou estadual, mas, sobretudo, através da análise clara e precisa das condições locais", argumentou o prefeito.
Por não seguir a recomendação do Plano São Paulo, pode haver denúncia sobre o município ao Ministério Público. Quem não respeitar a determinação do governo estadual será enquadrado no artigo 268 do Código Penal. Por isso, na segunda-feira (4), o prefeito determinou que serviços não essenciais ficarão fechados.
Até 7 de fevereiro
A tentativa de conter o avanço do novo coronavírus levou o governador João Doria (PSDB) a colocar todo o estado temporariamente no estágio mais restrito entre 25 e 27 de dezembro e 1º, 2 e 3 de janeiro, ao redor dos feriados de fim de ano. A quarentena vai até 7 de fevereiro.
O estado recebeu na quarta-feira (30), novo lote de vacinas CoronaVac, produzidas pelo laboratório chinês SinoVac em parceira com o Instituto Butantan. Chegaram à capital 1,5 milhão de doses.
A partir desta segunda-feira (4), estão liberados estabelecimentos comerciais, academias, escritórios, bares e restaurantes, cinemas, teatros e demais centros culturais, concessionárias, parques e salões de beleza.
Entre os chamados serviços essenciais, estão livres para funcionamento farmácias, mercados, padarias, postos de combustíveis, lavanderias, transporte coletivo, bancos, hotelaria e pet shops.
Números de São Paulo
O estado de São Paulo registou neste domingo (3) média diária de 140 mortes por coronavírus. A média móvel de mortes, que considera os registros dos últimos sete dias, já está acima de 100 no estado há 39 dias seguidos. O valor deste domingo (3) variou menos 10% em relação ao registrado há 14 dias, o que para especialistas indica tendência de estabilidade. São Paulo tem pouco mais de 46 mil mortos e 1,471 milhão de casos.
Na próxima quinta-feira (7) haverá nova reclassificação das regiões do estado entre as fases.