Trata-se uma história confusa: no domingo (3), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que compraria vacinas do Instituto Serum, da Índia. Na ocasião do anúncio, a Fiocruz reafirmou, inclusive, que a previsão para o pedido de registro destas vacinas é 15 de janeiro, sendo que o primeiro lote, com 1 milhão de doses, deve ser entregue entre 8 e 12 de fevereiro.
A Fiocruz anunciou neste domingo (3) que comprará vacinas do Instituto Serum, da Índia, para garantir a vacinação no Brasil. Serão adquiridas doses do imunizantes com a tecnologia produzida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford.https://t.co/BsWrhUBQcj
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) January 3, 2021
Porém, nesta segunda-feira (4), houve uma reviravolta: o governo indiano afirmou que não vai permitir a exportação da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a COVID-19 produzida na Índia. As informações foram confirmadas pelo portal G1.
O Instituto Serum, na figura de seu CEO, Adar Poonawalla, anunciou na noite de domingo (3) que as exportações serão barradas até que a população mais vulnerável da Índia seja imunizada. Poonawalla também confirmou que a empresa foi impedida de vender suas doses para organizações privadas.
Adar Poonawalla, em entrevista para a agência Associated Press (AP), afirmou que as exportações poderão ser feitas apenas depois de garantir 100 milhões de doses para o governo indiano, o que pode atrasar as entregas para outros países em até dois meses.
"O governo indiano só quer garantir que as pessoas mais vulneráveis do país recebam primeiro – eu endosso e apoio totalmente essa decisão", disse ele.