"Devido às recentes ameaças feitas por líderes iranianos contra o presidente Trump e outros funcionários do governo dos Estados Unidos, ordenei ao USS Nimitz que interrompesse sua redistribuição de rotina. O USS Nimitz agora permanecerá em posição na área de operações do Comando Central dos EUA. Ninguém deve duvidar da determinação de nosso país", disse Miller em comunicado, divulgado na noite deste domingo (3).
No final de dezembro, o Pentágono tinha informado que o USS Nimitz voltaria para casa, apesar do aumento das tensões com o Irã.
O Nimitz foi posicionado no Oriente Médio em abril de 2020, e estava inicialmente programado para retornar para casa antes do final do ano passado.
Recentemente, foram levantadas preocupações em relação ao dia 3 de janeiro, quando se completou um ano do assassinato do alto general iraniano Qassem Soleimani, cometido por ordem direta do presidente dos EUA, Donald Trump.
Teerã chamou o assassinato de "ato terrorista" e prometeu "levar os responsáveis à justiça".
As conquistas de Qassem Soleimani e a sua importância eram tão evidentes que seu assassinato desencadeou uma série de análises sugerindo que o Irã nunca seria capaz de se recuperar da perda do major-generalhttps://t.co/4EXXBGFaNe
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) January 3, 2021
Com a aproximação da data do aniversário do assassinato, tanto EUA quanto Irã trocaram advertências, já que Trump acusou o país de um ataque com foguete contra a embaixada dos EUA em Bagdá e disse que "responsabilizaria o Irã se um americano fosse morto".
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Javad Zarif, considerou a acusação "imprudente" e alertou o presidente norte-americano em final de mandato contra "qualquer aventureirismo em sua saída".