O pedido foi aceito por Gabriel Zago Capanema Vianna de Paiva. Anteriormente, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal não tinha sido acatada por outro juiz da 10ª Vara, Waldemar Cláudio de Carvalho, que alegou não ter sido comunicado oficialmente e que medida poderia ser cumprida após o fim do recesso do judiciário.
Após a recusa, a defesa acionou o STF, e Lewandowski oficiou novamente a primeira instância da Justiça Federal afirmando que sua decisão deveria ser cumprida de imediato.
Agora, a defesa de Luiz Inácio Lula da Silva terá acesso às conversas apreendidas no âmbito da Operação Spoofing, que investiga a invasão de aplicativos de mensagens de procuradores e outros responsáveis pela Lava Jato.
Interceptadas por hackers, as mensagens foram divulgadas parcialmente em uma série de reportagens, batizada de Vaza Jato, pelo site The Intercept e outros veículos.
Suspeição de Moro
Lewandowski autorizou o acesso após pedido da defesa do petista. O objetivo dos advogados do ex-presidente é mostrar suposta parcialidade do ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro na condenação de Lula.
Segundo o conteúdo das mensagens, Moro e procuradores da Lava Jato teriam cometido irregularidades durante o processo contra o ex-presidente. As provas obtidas pela Operação Spoofing estão em posse da Polícia Federal.
A defesa de Lula enviou pedido para que o delegado Luís Flávio Zampronha, responsável pela operação, marque uma data e horário para fazer uma cópia dos arquivos.
O juiz Gabriel Zago Capanema Vianna de Paiva oficiou a Divisão de Contrainteligência da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal para que entregue o conteúdo pedido pelos advogados do ex-presidente.