Trump teria rejeitado decisão de chefe de Pentágono de manter USS Nimitz no Oriente Médio

© REUTERS / Bryant Lang, especialista em Comunicação de Massa / Marinha dos EUA / HandoutAeronaves F/A-18F Super Hornet no porta-aviões USS Nimitz da Marinha dos EUA, no norte do mar Arábico, 8 de dezembro de 2020
Aeronaves F/A-18F Super Hornet no porta-aviões USS Nimitz da Marinha dos EUA, no norte do mar Arábico, 8 de dezembro de 2020 - Sputnik Brasil
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O Pentágono aumentou sua presença no Oriente Médio em uma aparente oposição à crescente atividade iraniana em torno do primeiro aniversário da morte do major-general Qassem Soleimani.

O Politico informou na segunda-feira (4) que o presidente dos EUA, Donald Trump, anulou a decisão do secretário interino de Defesa, Christopher Miller, no domingo (3), quando o mesmo ordenou que o USS Nimitz, porta-aviões da Marinha norte-americana, permanecesse no golfo Pérsico, apesar de ter sido previamente instruído a voltar para a sua Estação Naval de Everett, em Washington.

A mudança ocorreu pouco depois de Ebrahim Raisi, chefe judiciário do Irã, anunciar que os assassinos de Soleimani seriam levados à justiça.

Para Raisi, não se deve presumir que Trump "que apareceu como um assassino ou ordenou um assassinato, possa ser imune à execução da justiça".

No estreito de Ormuz, o satélite da Planet Labs é suspeito de capturar a atividade do "cluster" dos navios do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica.

Recentemente, dois antigos chefes do Mossad (serviço secreto israelense) e um ex-chefe do Conselho de Segurança Nacional conversaram com o The Jerusalem Post, argumentando que qualquer ação tomada por Teerã para vingar Soleimani provavelmente não ocorreria antes da tomada de posse do presidente eleito dos EUA, Joe Biden, em 20 de janeiro. No entanto, sublinham que "devemos levar em conta que eles [o Irã] vão responder. Eles vão esperar por uma oportunidade para atacar um alvo de alta qualidade".

Soleimani foi morto em um ataque de drones ordenado pelo próprio presidente Donald Trump em 3 de janeiro de 2020, com base em supostas evidências de que o major-general planejava ataques contra as embaixadas americanas na região, apesar de nada ter sido divulgado publicamente. Poucos dias depois, o Irã retaliou com ataques aéreos contra duas bases militares iraquianas que hospedavam tropas americanas.

Em novembro, Hossein Dehghan, o ex-ministro da Defesa do Irã, que posteriormente se tornou conselheiro do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, classificou o ataque com mísseis de janeiro apenas como um "tapa inicial" de vingança da nação persa.

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