Falando em um raro congresso do partido em Pyongyang, Kim disse que é fundamental para as relações entre Coreia do Norte e EUA que o presidente norte-americano deixe a política de hostilidade em relação ao país asiático.
"Nossas atividades políticas estrangeiras devem ser focadas e redirecionadas para subjugar os EUA, nosso maior inimigo e principal obstáculo ao nosso desenvolvimento inovador", disse Kim na sexta-feira, de acordo com a Reuters.
O líder norte-coreano disse ainda que pretende reafirmar os laços com "forças independentes anti-imperialistas".
"Não importa quem está no poder nos Estados Unidos, a verdadeira natureza dos Estados Unidos e suas políticas fundamentais em relação à Coreia do Norte nunca mudam", disse Kim.
Durante as declarações, Kim Jong-un ameaçou expandir o arsenal nuclear da Coreia do Norte, mas afirmou que não usará seu poderio a menos que as "forças hostis" pretendam usar suas armas primeiro.
No entanto, afirmou que a Coreia do Norte deve fortalecer ainda mais sua capacidade militar e nuclear à medida que aumenta o perigo de uma invasão dos Estados Unidos ao país.
"Nada seria mais tolo e perigoso do que não fortalecer nosso poder incansavelmente e ter uma atitude fácil em um momento em que vemos claramente que as armas de última geração do inimigo estão sendo aumentadas mais do que nunca. A realidade é que podemos alcançar a paz e a prosperidade na Península Coreana à medida que constantemente construímos nossa defesa nacional e suprimimos as ameaças militares dos EUA", disse Kim, segundo a AP.
Não houve comentários dos Estados Unidos em resposta às declarações de Kim Jong-un. Um porta-voz da campanha de Biden não quis comentar o assunto.
Joe Biden, que tomará posse nos Estados Unidos em 20 de janeiro, chamou Kim de "bandido" durante a campanha eleitoral, e em 2019 a Coreia do Norte chamou Biden de "cão raivoso" que precisava ser "espancado até a morte com uma vara".