Enquanto a pandemia de COVID-19 se espalha pelo mundo, um novo estudo feito nos EUA, liderado pelo diretor executivo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), Jay Butler, apontou a necessidade de medidas para evitar a doença, como o uso de máscara e o distanciamento social.
A razão disso foram os resultados do estudo que buscou estabelecer a taxa de transmissão de COVID-19 pelas pessoas que não aparentam sofrer da doença, mas que são portadoras do vírus.
No estudo, publicado no portal científico Jama Network, os potenciais transmissores da doença foram divididos em três grupos: pré-sintomáticos (pessoas que ainda não apresentavam sintomas), assintomáticos (que nunca apresentaram sintomas) e sintomáticos.
Em seguida, os cientistas modelaram o quanto cada grupo poderia transmitir a COVID-19 dependendo do dia em que estas pessoas são mais transmissoras. Como resultado, foi determinado que a taxa de contágio seria maior nos primeiros cinco dias após terem contraído o coronavírus.
Além disso, os dados do estudo apontaram que os assintomáticos são responsáveis por pelo menos 50% dos casos de novas infecções em média.
Contudo, a taxa pode ser maior, tendo em vista que é mais provável que as pessoas sem sintomas mantenham suas atividades diárias habituais. Muitos restaurantes e outros estabelecimentos fazem triagem de febre e outros sintomas para impedir a entrada de pessoas sintomáticas. Além disso, muitas pessoas com sintomas ficam em casa, o que também as torna menos propensas a espalhar a COVID-19 do que as pessoas que se sentem saudáveis.