A declaração foi assinada por Marise Payne, da Austrália; François-Philippe Champagne, do Canadá; Dominic Raab, do Reino Unido; e Mike Pompeo, dos Estados Unidos.
"Está claro que a Lei de Segurança Nacional está sendo usada para eliminar divergências e opiniões políticas opostas", diz a carta assinada pelos quatro chanceleres.
Together with @SecPompeo 🇺🇸, @MarisePayne 🇦🇺 & @FP_Champagne 🇨🇦, 🇬🇧 makes clear that mass arrests under National Security Law are designed to crush dissent in Hong Kong, not restore order. China must keep its word & respect rights & freedoms of HK people https://t.co/FpU29Dq3Ke
— Dominic Raab (@DominicRaab) January 9, 2021
Junto com Mike Pompeo, Marise Payne, e François-Philippe Champagne, o Reino Unido deixa claro que as prisões em massa sob o serviço da Lei de Segurança Nacional têm como objetivo esmagar a dissidência em Hong Kong, não restaurar a ordem. A China deve manter sua palavra e respeitar os direitos e liberdades das pessoas
Em Hong Kong, as 55 prisões configuram a maior ação de combate aos chamados "ativistas opositores" desde a promulgação da Lei de Segurança Nacional que a China impôs ao território há pouco mais de seis meses. Os governos da China e de Hong Kong, por sua vez, alegam que a legislação é necessária para restaurar a ordem em uma cidade que foi abalada em 2019 por meses de protestos.
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"Estamos chocados com os comentários feitos por alguns funcionários de governos estrangeiros que pareciam sugerir que as pessoas com certas convicções políticas deveriam ser imunes a sanções legais", disse o governo de Hong Kong em resposta à declaração dos chanceleres.
A maioria dos presos na semana passada havia participado de um pleito primário não oficial para uma eleição legislativa que foi adiada em função da COVID-19. As autoridades alegam que as primárias eram parte de um complô para assumir o controle do legislativo a fim de paralisar o governo e forçar o líder da cidade a renunciar.
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Após a detenção, dentre os 55 manifestantes, todos, exceto três, foram libertados sob fiança enquanto são investigados. Caso sejam condenados, podem ser desqualificados para concorrer a cargos públicos.
Os quatro chanceleres fizeram um apelo para que a próxima eleição legislativa inclua candidatos que representem uma variedade de opiniões políticas. "Apelamos às autoridades centrais de Hong Kong e da China para que respeitem os direitos e liberdades legalmente garantidos do povo de Hong Kong", dizia a nota conjunta.