Os bombardeiros de longo alcance com elevada capacidade de carga são o elemento central das forças dos EUA porque os principais adversários do país estão na Eurásia, longe das fronteiras americanas, escreve a revista Forbes.
O advento das bombas inteligentes guiadas por satélite fez com que os bombardeiros se tornassem mais versáteis nas suas funções convencionais. No entanto, o principal papel dos bombardeiros estratégicos é apoiar a dissuasão nuclear.
Segundo edição, cerca de 40% da atual frota de bombardeiros (20 aviões B-2 e 46 B-52) têm capacidade de transportar armas nucleares.
Porém, a idade da frota chegou a um ponto em que a sua credibilidade como força de retaliação começa sendo posta em questão.
O jornal aponta que os bombardeiros B-52 são demasiado vulneráveis para lançar bombas em um espaço aéreo fortemente protegido. Além disso, é improvável que os mísseis de cruzeiro com carga nuclear que estes aviões transportam sejam utilizáveis depois de 2030.
Os planos para a renovação da frota da aviação estratégica implicam retirar do serviço todos os bombardeiros B-2 até 2032 e a aposentadoria de todos os aparelhos supersônicos B-1 até 2036.
Desta forma, a frota de bombardeiros dos EUA seria composta por apenas dois tipos de aeronaves até meados deste século, os B-52 Stratofortress e o secreto B-21 Raider.
Incorporar o B-21 Raider será um desafio. O trabalho de penetrar nas defesas aéreas inimigas é mais exigente hoje do que nunca. O B-21 precisará incorporar características avançadas de capacidade de sobrevivência para poder se contrapor às defesas adversárias nas próximas décadas.
A Força Aérea precisa ainda acelerar a modernização da frota de aviões de abastecimento para assegurar que os bombardeiros estratégicos sejam adequadamente apoiados em uma crise nuclear.
Se o programa dos B-21 não for realizado nos prazos e com os custos planejados em 2015, a Força Aérea terá de se preparar para refazer seus planos quanto aos bombardeiros.
Em outras palavras, a Força Aérea dos EUA está ficando sem tempo para manter um sistema aéreo credível de dissuasão nuclear. O governo esperou tempo demais para começar a modernização e qualquer atraso nos planos agora vai minar a capacidade da força de bombardeiros na dissuasão de uma crise nuclear.