O avanço tecnológico chinês tem por objetivo a realização de três missões espaciais: a coleta de amostras de um asteroide, um voo a Marte e um voo à órbita de Júpiter, missão que exigirá grande consumo de combustível.
Para tanto, a Corporação de Tecnologia e Ciência Aeroespacial da China (CSAC) está desenvolvendo um novo motor para foguetes, de nome por enquanto desconhecido, movido a oxigênio e hidrogênio, o qual deverá substituir o motor YF-77, usado no primeiro estágio da família de foguetes Long March CZ-5.
No lugar do ciclo gerador de gás do YF-77, o novo motor contará com um ciclo de combustão em estágios, que aumenta a eficiência através da queima mais completa do propelente.
Apesar das dificuldades de criação da tecnologia, a China tem apresentado avanços, segundo a mídia estatal Science and Technology Daily, citada pelo portal South China Morning Post.
"Isso satisfará melhor a demanda de potência para futuros foguetes e importantes missões espaciais da China", afirmou a CSAC.
Entre 2016 e 2019, o propulsor YF-77 apresentou problemas, incluindo dois lançamentos malsucedidos de foguetes CZ-5. Contudo, após o trabalho dos engenheiros, o mau funcionamento do motor foi ultrapassado, permitindo a conclusão em 2020 de todas as missões planejadas, incluindo a coleta de amostras lunares pela sonda Chang'e 5 e o envio da sonda Tianwen-1 Mars.
A CSAC continua desenvolvendo seus ambiciosos planos de lançamento para 2021, incluindo o módulo central para sua estação espacial permanente Tiangong nos próximos meses.
O YF-77 deve ser usado nas missões para a construção da Tiangong, a qual deverá ser completada em 2022, após 11 lançamentos de foguetes Long March CZ-5B.