As ações, segundo a AFP, são destinadas em parte a complicar o governo do presidente eleito Joe Biden.
Contra a China, Pompeo condenou como "terrível" a operação conduzida pelo país no dia 6 de janeiro em Hong Kong, na qual autoridades chinesas prenderam 55 pessoas, incluindo um advogado americano, John Clancey. Além disso, impôs sanções a seis pessoas pelas detenções.
"Condenamos as ações da RPC [República Popular da China] que corroem as liberdades e os processos democráticos de Hong Kong, e continuaremos a usar todas as ferramentas à nossa disposição para culpar os responsáveis", disse Pompeo.
Apesar de Biden ter sinalizado sua posição contrária à repressão chinesa em relação a Hong Kong, espera-se que o novo governo dos EUA seja menos linha dura que a administração Trump.
Pompeo acusou a China de "degradar as liberdades" nos EUAhttps://t.co/sRa8top4kx
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) December 10, 2020
Pompeo condena 'a repressão das liberdades fundamentais' em Cuba
Contra Cuba, o Departamento do Tesouro dos EUA disse que estava impondo sanções ao ministro do Interior cubano, Lazaro Alberto Alvarez Casas, dias depois que Pompeo anunciou que Cuba estava de volta à lista dos Estados Unidos de países patrocinadores do terrorismo.
"A repressão das liberdades fundamentais pelo regime dos Castro requer a condenação e ação de todos os países que respeitam a dignidade humana", disse Pompeo, referindo-se aos ex-presidentes Fidel e Raúl Castro.
Biden pretende retomar relações com Cuba e trazer de volta algumas das políticas implementadas pelo ex-presidente Barack Obama, permitindo por exemplo que cubano-americanos visitem parentes e enviem dinheiro para eles.
Secretário de Estado dos EUA tenta isolar empresa iraniana
Biden também já mostrou interesse em retornar ao acordo nuclear negociado por Obama com o Irã, alegando que a política de "pressão máxima" de Trump, que incluía uma proibição radical das vendas de petróleo, não surtiu efeitos positivos.
Numa tentativa de esfriar a aproximação entre os países, Pompeo anunciou ações contra uma siderúrgica chinesa e uma empresa de materiais de construção dos Emirados Árabes Unidos que trabalha em cooperação com a Iran Shipping Lines, que já está sob sanções dos EUA.