"O governo está fazendo além do que pode dentro dos meios que a gente dispõe. Agora, eu já falei aqui para vocês várias vezes a respeito de Amazônia. Na Amazônia as coisas não são simples", afirmou o vice-presidente, citado pelo portal G1.
Para Hamilton Mourão, que também é general da reserva do Exército brasileiro, o fato de Manaus estar localizada dentro da floresta amazônica dificulta as operações de envio de insumos e suprimentos. Além disso, o vice-presidente apontou que existem problemas envolvendo o orçamento da Força Aérea Brasileira (FAB).
"Você só chega lá de barco ou de avião. Qualquer manobra logística para você, de uma hora para outra, aumentar a quantidade de suprimentos lá requer meios que, vamos colocar aí, a Força Aérea até alguns anos atrás tinha, Boeings [...] Por problemas aí de orçamento, ela [FAB] teve que se desfazer dessas aeronaves", disse Mourão.
Nos últimos 14 dias, o Amazonas viu alta de 72% nas contaminações e 80% nas mortes causadas pela COVID-19 no estadohttps://t.co/Q8Jy5RWGCP
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) January 12, 2021
Para o vice-presidente, os problemas em Manaus não estão relacionados à falta de planejamento logístico, pois, segundo ele, não era possível prever o colapso no sistema de saúde da capital amazonense, que estaria associado ao surgimento de uma nova variante do coronavírus.
Transferência de pacientes
A Força Aérea Brasileira iniciou nesta sexta-feira (15) a transferência de pacientes com COVID-19 no Amazonas para outros estados do país. Os primeiros nove pacientes foram embarcados esta manhã em um avião C-99 da FAB com destino à Teresina, no Piauí.
No total, segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas, 235 pacientes serão transferidos para outros estados devido ao colapso do sistema de saúde local, que, além da falta de leitos disponíveis, sofre com a falta de cilindros de oxigênio, um insumo crucial para manter vivos os pacientes intubados. Segundo o ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que reconheceu ontem (14) os problemas no sistema de saúde do Amazonas, quase 500 pessoas esperam na fila por um leito hospitalar em Manaus.