Em uma breve entrevista concedida neste domingo (17), o ministro da Saúde do Brasil fez diversas considerações sobre a vacinação no país e a reunião da Anvisa, que aconteceu mais cedo.
Eduardo Pazuello assinalou que o governo começa a campanha de vacinação na quarta-feira (20), às 10 horas. A distribuição, segundo o ministro, será feita pela Força Aérea Brasileira (FAB) a "pontos focais" definidos por cada estado.
"Está dado o primeiro passo para o início da maior campanha de vacinação do mundo contra o coronavírus", afirmou Pazuello, referindo-se à aprovação da CoronaVac e a da Universidade de Oxford pela Anvisa. As informações foram confirmadas pelo portal G1.
"Poderíamos em um ato simbólico ou em uma jogada de marketing iniciar a primeira dose em uma pessoa, mas em respeito a todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso", acrescentou o ministro, em claro recado ao governador de São Paulo, João Dória.
Pazuello afirmou que a aplicação da primeira dose da vacina em São Paulo é "uma questão jurídica" e está "em desacordo com a lei".
Após aprovar a CoronaVac, a Gerência-Geral de Medicamentos da Anvisa recomendou o uso da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a COVID-19 para uso emergencial.https://t.co/iIqHxZx2i4
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) January 17, 2021
"Todas as vacinas produzidas pelo Butantan estão contratadas de forma integral e de forma exclusiva para o Ministério da Saúde e para o PNI, todas, inclusive essa que foi aplicada agora. Isso é uma questão jurídica", afirmou Pazuello.
O ministro enfatizou que as seis milhões de doses do Butantan serão distribuídas proporcionalmente aos estados. "Qualquer movimento fora desta linha está em desacordo com a lei".